A construção de um sujeito político transnacional: o ativismo migrante em Buenos Aires.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Araujo, Rafael Rezende Borges de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19984
Resumo: Esta tese tem como objetivo iluminar as ações políticas que transgridem fronteiras, bem como a passagem de um dos seus protagonistas, o migrante, à posição de sujeito político. Partimos de duas hipóteses associadas: a de que o Estado-nacional se constitui como força centrípeta, isto é, uma força centralizadora e homogeneizante; e a de que a ação social muitas vezes pode se realizar como força centrífuga, isto é, uma força que expande os limites simbólicos e materiais sobre os quais foi constituída. Dessa forma, observaremos o migrante como um sujeito político que atravessa tais forças e se constitui serpenteando o conflito entre elas. Para tal objetivo, engendraremos uma análise sobre a formação e a ação dos Estados- nacionais, entre outras coisas, como um movimento de estatização da política, ou seja, de autoconstrução como espaço hegemônico das disputas sobre a elaboração do mundo social. Em seguida, vamos observar como as ações sociais, a partir de uma espacialização da vida, desafiam os limites estabelecidos pelo processo de estatização da política. Por fim, ao observar o ativismo migrante na cidade de Buenos Aires, iremos analisar, de forma empiricamente orientada e com um foco específico ofertado às ambiguidades e contradições, as proposições apresentadas nos capítulos anteriores. Para a realização deste estudo, apoiamo-nos em uma parte do conjunto da Teoria Crítica e na literatura especializada em temas como transnacionalismo e migração. Também tratamos empreender um trabalho de campo com o intuito de interpelar a teoria a partir de observações empiricamente orientadas. Ao fim, veremos que o migrante é um ator político incontornável da contemporaneidade, o que acaba por colocar em cheque as tradicionais noções de cidadania e comunidade política.