Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Amerson Teixeira de |
Orientador(a): |
Cruz, Tássia de Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/36091
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Resumo: |
O presente estudo aborda a questão teletrabalho em concomitância com a maternidade para as mães de crianças de até dois anos de idade em exercício na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). O principal objetivo do trabalho é analisar de que maneira o teletrabalho afeta a percepção de produtividade dessas mães. Secundariamente, levantar os fatores relacionados ao teletrabalho que exercem influência sobre a produtividade, a saber: a existência ou não de planejamento, motivação e bem-estar, gestão do tempo e disciplina e/ou foco durante o teletrabalho. A pesquisa adotou um desenho de estudo empírico, com dados coletados de forma não experimental em um único momento. A amostra foi composta por servidoras e procuradoras em exercício na PGFN, com a condição de terem trabalhado ou estarem trabalhando em regime de teletrabalho e enquanto mães de crianças de até dois anos. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário eletrônico preenchido pelas participantes. O questionário foi composto por uma série de itens relacionados às diferentes variáveis de interesse, e cada item foi avaliado com a utilização de escala de classificação tipo Likert. Foi realizada uma análise descritiva e uma regressão para verificar a correlação entre os fatores relacionados à produtividade. Os principais resultados encontrados na análise descritiva apontam que as participantes têm em média de 3,6 anos em regime de teletrabalho, e se percebem moderadamente produtivas, com média de 3,54, em uma escala que vai de 1 a 5, com desvio padrão de 1,30. Apurou-se forte preferência pelo teletrabalho (média de 4,18), numa escala de concordância que vai de 1 a 5, com desvio padrão de 0,92. A variável planejamento teve média de 3,66, em uma escala de concordância que vai de 1 a 4, e desvio padrão de 0,56, ressaltando a importância do planejamento no teletrabalho. A análise dos resultados da regressão aponta que nenhuma das variáveis independentes demonstrou uma associação estatisticamente significativa com a percepção de produtividade (p-valores superiores a 0,10). A motivação mostrou-se um importante fator para a escolha do regime de teletrabalho, com coeficiente positivo significativo (0,741, p<0,01). A percepção de produtividade também guarda uma relação estatisticamente significativa para a escolha do teletrabalho, com coeficiente positivo significativo (0,488, p<0,01). Por fim, a percepção de disciplina apresentou uma correlação negativa estatisticamente significativa para a escolha do regime de teletrabalho (-0,662, p<0,01). A pesquisa foi realizada com procuradoras e servidoras mães de crianças de até dois anos de idade em exercício na PGFN, uma das quatro carreiras integrantes da AGU. O recorte para crianças de até dois anos e a limitação a uma carreira da AGU são os limites mais evidentes para a pesquisa. O presente trabalho poderá servir de subsídio para as mães de crianças de até dois anos de idade optarem ou não pelo teletrabalho. Também poderá servir como material de apoio para gestores e administradores públicos na tomada de decisões e na formulação de políticas públicas de trabalho e saúde que envolvam mães teletrabalhadoras e crianças pequenas. |