Sofrimento psíquico no trabalho: um estudo de caso sobre a percepção de um grupo de gestores em uma empresa do setor de seguro-saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Coelho, Leandro Ferreira Siebra
Orientador(a): Andrade, Daniel Pereira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/33375
Resumo: A saúde mental dos trabalhadores tem sido um tema de recorrente discussão no mercado de trabalho nos últimos anos, gerando impactos significativos em termos econômicos e despontando como um item relevante quando se trata do aspecto de relações humanas nas organizações. Uma das teorias que busca entender a questão da saúde mental dentro das empresas foi desenvolvida pelo psiquiatra e psicanalista francês Christophe Dejours (1991), que relaciona o trabalho com o sofrimento psíquico, argumentando que a insatisfação do trabalhador nesse ambiente é de certa forma uma porta de entrada para a doença laboral, abrindo a possibilidade para descompensações mentais. Nessa teoria, Dejours ressalta que a organização do trabalho e suas características (como a existência de uma hierarquia na qual esse trabalhador possui uma chefia direta, na figura de um gestor de equipe) pode ser uma geradora desse sofrimento no trabalhador (DEJOURS, 1991). O presente trabalho busca compreender a percepção de gestores de equipes sobre as vivências de sofrimento psíquico de seu subordinado (o trabalhador que realiza a tarefa) a partir da teoria acima mencionada. Esse estudo é caracterizado como uma pesquisa de abordagem qualitativa e de caráter descritivo, através da utilização do método estudo de caso no ambiente organizacional de uma companhia de seguros, na sua divisão de operações, com a realização de entrevistas semiestruturadas com gestores de equipes dessa divisão. Os resultados obtidos demonstram que esses gestores buscam realizar uma transferência da sua responsabilidade sobre o sofrimento psíquico de seus subordinados para os próprios, desvinculando a organização do trabalhador nessas vivências.