Aspectos econômicos da cadeia de valor do hidrogênio: potencialidades e externalidades para o Brasil a partir de interações estratégicas com a Alemanha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lima, Loana Von Gaevernitz
Orientador(a): Romeiro, Diogo Lisbona
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/33867
Resumo: O presente trabalho objetiva avaliar as externalidades e potencialidades para a economia brasileira a partir de uma estratégia proativa do país em interações estratégicas com a Alemanha, em um novo contexto de geopolítica energética em decorrência da formação de uma cadeia de valor global para o hidrogênio de baixa emissão. O comércio de hidrogênio e os fluxos de investimento deverão gerar novos padrões de interdependência entre economias exportadoras (host countries) e compradoras (importing countries), trazendo mudanças para a atual geopolítica energética global em contexto de descarbonização e segurança energética (“diplomacia do hidrogênio”). Apresenta-se um contexto global do H2 e perspectivas para a América Latina e União Europeia, seguido das políticas energéticas, metas de descarbonização e perspectivas para o H2 de baixa emissão para as economias alemã e brasileira. As interações estratégicas entre os governos do Brasil e da Alemanha são analisadas como jogos estáticos e dinâmicos. Pelo jogo estático avalia-se de forma geral o atual momento da cadeia de valor global para o H2 em formação enquanto que no jogo dinâmico tem-se uma ordem cronológica observável e a interação estratégica iniciada pela Alemanha. Em jogos de repetições infinitas as estratégias permitem a cooperação com base em estratégias gatilho e um fator de desconto suficientemente alto para a observação de resultados Pareto ótimos que não seriam equilíbrio de Nash em jogos repetidos finitamente. São calculados payoffs a partir de critérios econômicos e socioambientais estabelecidos. Por meio da resolução do jogo sequencial por indução retroativa conclui-se que o equilíbrio de Nash do jogo reside na combinação de ações proativas dos jogadores. As utilidades decorrentes da solução do jogo trazem reflexões sobre potencialidades e externalidades de uma estratégia proativa do Brasil em uma cadeia global de H2 em formação. As estratégias nacionais NWS e o PNH2 sinalizam ações proativas no jogo e os incentivos fornecidos pela Alemanha por meio do H2 Brasil e o H2 Global podem estimular a adoção de ações proativas pelo governo brasileiro. São realizadas recomendações concretas de medidas estruturantes para o desenvolvimento do mercado de H2 no Brasil.