Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Valle, Paulo Ricardo Coelho Pereira |
Orientador(a): |
Pereira Filho, Carlos Eduardo Ferreira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/30602
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Resumo: |
Parlamentares constituintes de 1988 decidiram delegar poderes constitucionais ao chefe do Executivo, tornando-o pivô central do sistema político brasileiro. Dessa maneira, o presidente da República poderia gerar governabilidade em um sistema multipartidário assim como estabelecer o equilíbrio entre os três poderes e, consequentemente, a estabilidade da democracia. No entanto, pela ótica dos parlamentares brasileiros, o que se tem visto é um Executivo que abusa de seus poderes constitucionais e os utiliza para constranger o Congresso Nacional. A fim de restabelecer o equilíbrio dessa relação entre Legislativo e Executivo, os parlamentares têm buscado retomar os seus poderes delegados ao Executivo pelos constituintes de 1988. As emendas à Constituição 32/2001, 86/2015 e 100/2019 são exemplos desse fenômeno, pois limitaram a capacidade do presidente de editar medidas provisórias assim como retiraram do chefe do Executivo a discricionariedade da execução das emendas individuais e de bancada. Esse estudo procura analisar duas hipóteses correlacionais. A primeira hipótese postula que as motivações do Legislativo emergem dos custos de agência ligados à forma como o Executivo se utiliza de seus poderes constitucionais. Já a segunda hipótese se estabelece no poder de atração da coalizão presidencial, na qual somente em ambientes de instabilidade política da coalizão é que se estabelece ambiente favorável para a aprovação das respectivas Emendas à Constituição. Por meio de uma vasta análise textual dos anais do Congresso Nacional, bem como da verificação das fases de coalizão vividas por cada um dos presidentes em exercício no momento da promulgação de cada uma das Emendas à Constituição, esse estudo conclui que a janela de oportunidade criada pelo encontro desses dois fatores, motivacional e conjuntural, é catalisadora para o resgate dos poderes do Legislativo e para o redesenho do regramento constitucional que rege a relação entre Executivo e Legislativo. A principal contribuição deste trabalho é encontrar um ponto de interseção motivacional e conjuntural entre as três alterações à Constituição sobre os poderes constitucionais do chefe do Executivo. O estudo de outras Propostas de Emendas à Constituição que não encontraram o mesmo ambiente para se tornarem Emendas à Constituição pode ser um contrafactual importante para análise do fenômeno em questão e dos resultados encontrados neste estudo. |