Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Fernanda Corrêa |
Orientador(a): |
Iachan, Felipe Saraiva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/18416
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Resumo: |
Essa tese é composta por dois capítulos. No primeiro, desenvolvo um modelo para quantificar o papel da heterogeneidade setorial, em relação ao acesso a crédito, na determinação dos efeitos da integração financeira. Fricções financeiras geram má-alocação de recursos, resultando em baixa produtividade e produto por trabalhador em economias emergentes. Dada a existência de heterogeneidade setorial no acesso a crédito, essas fricções apresentam efeitos desproporcionais em variáveis setoriais, assim como na taxa de câmbio. Esses elementos são capazes de explicar regularidades do desenvolvimento, como o elevado preço relativo dos bens comercializáveis e a baixa produtividade relativa desse setor nos países em desenvolvimento. Adicionalmente, mostro que a integração doméstica e externa apresentam diferentes impactos na economia. Enquanto a primeira é vital para reduzir a má-alocação de recursos, a segunda é crucial para reduzir a taxa de juros doméstica e estimular um maior engajamento dos agentes na economia real. Quantifico esses resultados e mostro que a integração financeira apresenta efeitos não triviais na produtividade agregada/setorial, na acumulação de capital e no produto por trabalhador dos países. No segundo capítulo, por sua vez, analiso a propagação de choques por uma rede financeira, identificando a relação entre a heterogeneidade das instituições financeiras e a resiliência do sistema. Os bancos são diferenciados de acordo com seu tamanho e grau de centralidade na rede, de modo a formar uma rede núcleo-periferia similar às empiricamente observadas. Em relação aos efeitos de choques inesperados, mostro que as conexões funcionam como meio de propagação de perdas e provo a possibilidade de contágio em equilíbrio. Em contraste com a visão intuitiva, mostro que é necessária uma lacuna entre o tamanho do banco núcleo e periférico para que o primeiro alcance a relevância sistêmica esperada. Nesse caso, a presença de bancos núcleo é crucial para a propagação de choques que os atinjam diretamente, assim como para a proteção do sistema contra choques periféricos. As implicações de política são claras nesse caso. A autoridade monetária não precisa resgatar bancos periféricos para evitar o contágio. Por fim, analiso a resiliência relativa de algumas redes financeiras. Mostro que a rede núcleo-periferia é mais resiliente do que a rede circular. Como a última é utilizada recorrentemente, o risco de contágio pode estar superestimado na literatura. |