Efeitos da pandemia da covid-19 nos hospitais privados filiados à ANAHP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Morais, Andrizio Alexandrino de
Orientador(a): Malik, Ana Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/31018
Resumo: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) (2021) a COVID-19 (Coronavirus Disease 2019) é uma doença infecciosa, potencialmente grave, de elevada transmissibilidade e de distribuição global, causada por um novo tipo de Coronavírus, denominado então como SARS-CoV-2 (Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavírus 2). A OMS tomou conhecimento do novo vírus em 31 de dezembro de 2019, após um relatório de um grupo de casos graves de pneumonia viral, na cidade de Wuhan, província de Hubei, na República Popular da China. A doença foi declarada pela OMS como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) em 30 de janeiro de 2020 e como pandemia em 11 de março do mesmo ano. Globalmente até 3 de junho de 2021 a OMS registrou 171 milhões de casos confirmados de COVID-19, com 3,7 milhões de óbitos. A presente pesquisa tem como objetivo geral analisar os resultados financeiros da pandemia da COVID-19, no ano de 2020, num grupo de 118 hospitais privados filiados à Associação Nacional dos Hospitais Privados (ANAHP), distribuídos em 17 estados brasileiros. A pesquisa analisou se as medidas regulatórias da ANS e as medidas sanitárias governamentais no combate a pandemia da COVID-19, causaram impactos operacionais e/ou financeiros no grupo de hospitais privados. O presente trabalho aplicado se baseia em pesquisa com desenho metodológico quantitativo do tipo descritivo, transversal e retrospectivo, utilizando dados secundários disponibilizados publicamente por essa Associação. O estudo evidenciou os resultados dos seguintes indicadores: redução de 9.3 pontos percentuais na taxa de ocupação hospitalar, aumento do TMP hospitalar em 0,6 dias, redução de 20,1% nas internações hospitalares, redução de 16% nas cirurgias destes hospitais e a mudança do case mix. Em relação ao indicadores financeiros, identificou-se as seguintes variações nos hospitais filiados a ANAHP: redução de 7.13 pontos percentuais na participação de receitas das OPS, aumento de 4 pontos percentuais na participação de receitas do Sistema Único de Saúde (SUS), aumento de 13,34% nas despesas total por paciente dia versus 8,41% na receita líquida por paciente dia, aumento expressivo de 39,43% nas despesas total por saída hospitalar versus 23,67% na receita líquida total por saída hospitalar e redução de 4.4 pontos percentuais na margem EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization). Dentre as medidas regulatórias com impactos relevantes pode-se observar que, por questões sanitárias, a agência reguladora suspendeu os procedimentos eletivos por 77 dias e ampliou a cobertura de 8 novos exames para diagnóstico da COVID-19 aos beneficiários de planos de saúde. Além disto publicou RN com o incremento de 69 novos procedimentos no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde aos beneficiários. Em relação às medidas governamentais identificou-se a instituição do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e medidas sanitárias preventivas. Entre as restrições podese destacar a contratação e/ou requisição de leitos privados, bem como decretos com suspensões de procedimentos, exames e cirurgias eletivas.