Verticalização de cuidados psiquiátricos de uma operadora de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lima, Márcio Luiz de Oliveira
Orientador(a): Massuda, Adriano
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/35807
Resumo: Introdução: Os transtornos mentais, nas últimas décadas, têm sido reconhecidos como uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo, acometendo uma a cada quatro pessoas e representando um a cada seis anos de incapacidade. Frente ao despreparo dos sistemas de saúde, públicos e privados, bem como as dificuldades no acompanhamento adequado dos pacientes de saúde mental, o cuidado colaborativo/ integrado mostra-se como importante ferramenta para condução das mudanças assistenciais. A verticalização e construção de linha de cuidado emergem como abordagens promissoras para lidar com essa complexa questão, que envolve não apenas a prestação de serviços de saúde mental, mas também a superação do estigma histórico que tem cercado os pacientes de saúde mental. Para que a longitudinalidade do cuidado, em especial na saúde mental, seja eficaz, é essencial que haja uma mudança cultural dentro das organizações de saúde privadas, bem como na sociedade em geral. Isso requer educação, sensibilização e treinamento adequado, a fim de garantir que todos os pacientes sejam tratados com equidade e compreensão. Objetivo: Compreender se a verticalização em psiquiatria gera redução de custos e modifica os desfechos clínicos em pacientes de uma Operadora de Planos de Saúde de São Paulo. Materiais e métodos: Estudo de caso sobre a experiência de uma operadora de planos de saúde na abordagem coordenada de pacientes, de natureza aplicada, com abordagem qualitativa e quantitativa, transversal e exploratória, com dados de pacientes diagnosticados com transtornos mentais, coletados entre 2018 e 2022. Resultados: O tempo de permanência dos pacientes psiquiátricos diminuiu ao longo dos anos, sendo que os valores medianos maiores foram evidenciados na rede credenciada, bem como a dispersão dos dados. Observase uma variabilidade alta na rede credenciada e medianas menores nos anos de 2021 e 2022, com diferença estatística em todos os períodos (P<0.001), exceto para 2020. Na rede credenciada observa-se um custo maior quando comparado a rede própria, sendo diferente estatisticamente entre os tipos de rede ao longo dos anos (p<0.001). Conclusão: O presente estudo mostrou bons indícios que estruturas privadas de saúde podem protagonizar o cuidado de saúde de pacientes de saúde mental, desde que consigam estruturar uma linha de cuidado específica, gerir a carteira desses pacientes, garantir acesso, construir e gerenciar indicadores de qualidade, monitoramento e desfecho.