Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Martins, Holmes Antonio Vieira |
Orientador(a): |
Amarante, Paulo Duarte de Carvalho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/56659
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Resumo: |
Esta dissertação tem como foco investigar vozes críticas da Psiquiatria que têm oferecido caminhos epistemológicos e política de atenção variados, a partir o final da Segunda Guerra Mundial. O saber médico, desde então, tem sido colocado em questão a partir de estudos (Foucault, 1980; Basaglia, 1979; Laing, 1979; Birman, 1991) que revelaram o quanto as práticas de nomeação e contenção da ―doença mental eram afetadas por um poder cuja ordem estaria no próprio lugar médico, que contribuiria para ―fabricar a doença (Szasz, 1971). Foram justamente os abalos sofridos pela Psiquiatria naquele momento histórico que desencadearam uma série de movimentos, uma tentativa de os próprios psiquiatras corresponderem a demandas por um tratamento com práticas humanizadas que constituiriam, conforme Basaglia, uma outra forma de fazer Psiquiatria. Nossa hipótese considera ser possível organizar, na posição de médico pesquisador, a produção das críticas nascidas do próprio campo psiquiátrico e levantar sua localização no tempo, sua epistemologia - o campo de conhecimento e sua política –, modelo social e ético de cada orientação. Nossa ideia é montar uma cartografia que contemple características dos grandes movimentos teóricos que foram capazes de oferecer um pensamento sobre uma Psiquiatria em que a hegemonia de uma única forma de atenção à pessoa diagnosticada com um ―transtorno mental, como tendo um desequilíbrio bioquímico no cérebro que causou um transtorno mental não se sustenta. Nosso recorte abrange os pesquisadores Szasz, Laing, Cooper e Caplan, no campo das chamadas Antipsiquiatrias; Maxwell Jones pela idealização da Comunidade Terapêutica; Fanon e Tosquelles, pela Psicoterapia Institucional; Basaglia, pela Psiquiatria Democrática; Moncrieff e Ortiz Lobo, pela Psiquiatria Crítica e Alakare, pelo Diálogo Aberto. Incluímos também Frances (2016), pela crítica que promove ao DSM-5. Segundo o médico, há um excesso de categorias diagnósticas, o que acarreta a patologização da vida. A releitura que buscamos empreender das contribuições e reflexões críticas desses autores pode ajudar a dar relevo a outras formas de ser Psiquiatra, considerando o potencial transformador dessas outras epistemologias para a prática clínica, institucional e política da Psiquiatria. |