Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Canabarro, Ronaldo |
Orientador(a): |
Barbosa, Silvia Monnerat |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/35490
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Resumo: |
Esta tese se propõe a dar a ver e analisar, por meio de caminhos transviados, uma parte da história da historiografia universitária brasileira, especificamente sobre as dissidências sexuais e desobediências de gênero. O estudo inicia com o mapeamento de um corpus de 240 teses e dissertações defendidas em programas de pós-graduação em História no Brasil, entre 1994 e 2022. Todavia, não fica restrito à análise dos textos; há um conjunto de artefatos digitais construídos para dar conta da proposta de uma historiografia pública digital, entre eles está um sítio de internet, um perfil no Instagram e um canal no YouTube. Nesses locais são compartilhados informações, dados e entrevistas. A pesquisa se estrutura em duas partes. Na primeira parte, descrevo os processos de produção, escolhas, dificuldades e ruídos do digital, bem como os atravessamentos subjetivos presentes nesse processo, narrando a construção de artefatos digitais, dos scripts construídos e programas escolhidos, além das mídias digitais – Instagram e YouTube – utilizados na divulgação historiográfica. Esse processo é construído através de uma descrição densa tendo como método uma etnografia dos dados. Já a segunda parte elabora um passeio por uma paisagem historiográfica construída, com o objetivo de produzir um exemplo sobre o uso de metodologias digitais para a construção de narrativas de história da historiografia. Utilizando uma bricolagem de metodologias, a pesquisa se vale da mineração, visualização de dados textuais e análise de redes como processo heurístico de (re)produção de fontes, da história oral, da leitura distante e da história pública digital. A partir daí, é realizada uma curadoria de conhecimento através da proposta de uma historiografia pública digital. Com base nos dados, a pesquisa realiza uma análise de ordem quanti-qualitativa sobre as instituições, temas, períodos abordados, perfis dos autores, fontes utilizadas, influências teóricas, orientações e bancas de avaliação. Os resultados demonstram que a historiografia sobre dissidências sexuais e desobediências de gênero na pós-graduação em História no Brasil é diversa, produzida a partir de perspectivas, fontes e temas que ainda se concentram fortemente em estudos sobre a homossexualidade masculina, os movimentos sociais LGBTI+ e suas nuances, mantendo fortes características de produções da história do tempo presente, em especial do final do século XX e início do XXI. Com crescente influência das teorias queer, da interseccionalidade, principalmente com raça e, já indicando alguns estudos sobre decolonialidade. Destaca-se também que é uma historiografia que ainda invisibiliza alguns corpos e experiências históricas, em especial as fora da monossexualidade e da cisgeneridade. |