Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro Junior, Benedito Inácio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/243519
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Resumo: |
Esta tese tem como preocupação principal a compreensão de alguns elementos que fizeram parte da constituição do campo de conhecimento histórico brasileiro comumente denominado História das Mulheres e das Relações de Gênero. Para isso, alguns caminhos e recortes foram escolhidos. Partindo das preocupações da História da Historiografia, a pesquisa questionou como foram construídas memórias disciplinares e de que maneira foram conformados alguns cânones historiográficos para a historiografia brasileira dedicada ao estudo das mulheres e das relações de gênero. Com tais questões em vista, elegeram-se como fontes de pesquisa alguns textos publicados por historiadoras brasileiras que praticaram, desde suas diferentes instituições e orientações teóricas, História das Mulheres e/ou das Relações de Gênero. Tais textos, em sua maioria balanços historiográficos ou reflexões teóricas e conceituais, publicados entre os anos de 1987 e 2012, narraram, de alguma forma, passados diferentes para o referido campo no Brasil. Ao analisar e descrever tais narrativas, a tese pôde identificar a emissão de três enunciados diferentes sobre a origem, sobre o que seria ou o que deveria ser o campo: o primeiro afirmava que a História das Mulheres e das Relações de Gênero no Brasil teria se originado da História da Família e da Demografia histórica; o segundo defendia que o campo teria emergido da História das Mulheres tal qual praticada pela História Social; e, por fim, o terceiro argumentava que o mesmo campo teria nascido de uma historiografia do trabalho realizada, na maior parte das vezes, pelas cientistas sociais. Os três enunciados, nesse sentido, construíram memórias disciplinares divergentes e elegeram diferentes cânones e marcos fundadores para a história que narravam sobre a constituição do campo, informando disputas teóricas, conceituais, institucionais e políticas no interior da historiografia brasileira profissional e acadêmica entre os anos 1980 e as primeiras décadas do século XXI. Escrevendo esses textos, construindo essas memórias disciplinares e tais cânones historiográficos, as historiadoras brasileiras levantaram mais que referências, discussões, historiadoras e obras; elas ergueram, também, um monumento que, hoje, parece bem acabado: a área específica, o campo ou a subdisciplina História das Mulheres e das Relações de Gênero no Brasil. Procura-se, nesta tese, descrever esse monumento. |