Regulamentação e estruturação de grupos de empresas familiares: estudo do 'Grupo Petrobahia'

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Andrade, Ruy Amaral
Orientador(a): Azevedo, Luís André Negrelli de Moura
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/28833
Resumo: Esse trabalho propõe-se a examinar a regulamentação e a estruturação de grupo de empresas familiares, a partir do estudo do “Grupo Petrobahia”. Trata-se de grupo empresarial familiar com atuação no Nordeste brasileiro, cuja atividade principal consiste na distribuição de combustíveis. Para realização da pesquisa, adotou-se a seguinte técnica: examinou-se as estruturas formais e reais de poder e administração das sociedades pertencentes a esse Grupo; buscou-se qualificá-las juridicamente com base nos conhecimentos partilhados pela academia e pelos profissionais da área. Nesse processo, verificou-se que, em sua estrutura formal, o “Grupo Petrobahia” adotou uma premissa de participação igualitária entre dois núcleos familiares, ainda que com alocação de participações distintas nas múltiplas sociedades do grupo. Em estrutura real de poder e administração, contudo, o “Grupo Petrobahia” adotou um processo diverso para a tomada de decisões, tanto no que concerne às pessoas envolvidas quanto aos quóruns adotados, para além da instituição verbal de um “Conselho de Família”. A pesquisa então sistematizou a base conceitual necessária à compreensão dos modelos posteriormente propostos, explorando a racionalidade econômica e a qualificação legal e doutrinária dos grupos de sociedades, os desafios da governança grupal, os conflitos intrínsecos às relações de empresas familiares e a necessidade de se pensar em uma governança corporativa específica para empresas familiares. Isso permitiu o exame de ferramentas de modelagem específicas para esse nicho, tais como o protocolo familiar, de caráter multidisciplinar e baseado na consensualidade, e de mecanismos para a solução de impasses em caso de controle compartilhado. Por fim, a pesquisa explorou as peculiaridades de possíveis modelos de estruturação societária para grupos empresariais familiares, especificadamente a constituição de uma holding, com estruturação de um grupo societário por subordinação e a realização de um acordo de sócios envolvendo todos os sócios das múltiplas sociedades do grupo. Concluiu pela viabilidade de estruturação desses modelos no caso do “Grupo Petrobahia”, com aumento de segurança proporcional ao esforço investido para a construção e detalhamento dessas estruturas.