Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Alexandre, Marcelo Oliveira |
Orientador(a): |
Maiali, André Cury |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/35820
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Resumo: |
Esta dissertação tem como objetivo discutir e ampliar a compreensão sobre o desconto observado nos múltiplos P/E (Price-to-Earnings) e P/BV (Price-to-Book Value) das ações do Banco do Brasil em relação às dos principais pares privados listados na bolsa de valores brasileira (B3). Foi escolhida uma abordagem indireta que consistiu na modelagem de uma fronteira de eficiência para a intermediação financeira de uma amostra de 16 bancos múltiplos, dentre os quais constavam Banco do Brasil e os pares privados, em uma janela temporal de 20 anos, utilizando-se de dados financeiros de granularidade mensal extraídos da base COSIF do Banco Central do Brasil e dados macroeconômicos de inflação e taxa de juros, que permitiram a modelagem da fronteira e posterior comparação entre os desvios de eficiência do Banco do Brasil e dos pares privados com o desconto médio observado nos múltiplos. A técnica para modelagem de eficiência que se mostrou flexível o suficiente para capturar as diversas forças que afetam a margem financeira de um banco ao mesmo tempo que permitiu a leitura da distância de cada banco da fronteira (ineficiência) foi a Análise de Fronteira Estocástica (SFA – Stochastic Frontier Analysis) partindo de uma função determinística logarítmica transcendental (translog), assumindo-se uma distribuição normal para a componente de ruído estocástico e uma distribuição normal truncada na origem para o componente de ineficiência do resíduo , que é o termo que foi confrontado com a dinâmica do desconto observado nos múltiplos P/E e P/BV. Os resultados revelaram que o Banco do Brasil não apresenta desvios significativos de eficiência em comparação com os principais pares privados listados, operando em um nível de ineficiência menor do que os pares, além de apresentar um desvio padrão amostral de sua eficiência inferior ao todos os pares, indicando um comportamento mais estável e previsível do que o observado nos pares privados. Deste modo, conforme foi apurado no modelo, há argumentos para rejeitar a hipótese de que os descontos observados nos múltiplos P/E e P/BV do Banco do Brasil estão relacionados ao eventual impacto na eficiência de intermediação financeira decorrente de um uso contracíclico ao longo dos anos, uma vez que o modelo demonstrou que a eficiência do Banco do Brasil se manteve comparável à de seus pares no período analisado, sugerindo que os descontos nos múltiplos de mercado não podem ser justificados pelo argumento de ineficiência relativa decorrente de impactos de intervenção do controlador. O que aponta para o fato de que o desconto dos múltiplos de mercado parece estar mais relacionado à uma percepção de risco de intervenção governamental do que a uma eventual ineficiência relativa aos pares privados na atividade de intermediação financeira, que seria o resultado lógico de uma eventual intervenção na operação do Banco do Brasil pelo controlador. O estudo concluiu que o Banco do Brasil é tão eficiente quanto seus pares privados, com menor volatilidade na eficiência e que o desconto de mercado provavelmente decorre de percepções estruturais em vez de ineficiência. |