Determinantes da eficiência técnica na agroindústria sucroenergética brasileira: uma abordagem por fronteira estocástica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Danelon, André Felipe
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-03052018-101916/
Resumo: Nos anos 2000, o desenvolvimento de veículos automotores flex-fuel no Brasil e a alta no preço das commodities no mercado internacional permitiram que o setor sucroenergético apresentasse rápido crescimento. Além dos incentivos econômicos, a produção do etanol como biocombustível é alinhada com as diretrizes internacionais, sendo de interesse político e ambiental. Contudo, o avanço do setor ocorreu principalmente pela expansão das áreas cultivadas com cana-de-açúcar. A produtividade agrícola apresentou baixo crescimento no período, assim como a produtividade agroindustrial. Na primeira metade da década de 2010, a baixa rentabilidade econômica do setor evidenciou a necessidade de elevar a produtividade das usinas brasileiras. O objetivo desse trabalho é estimar o nível de eficiência técnica das usinas, a partir de modelos de fronteira estocástica, bem como identificar quais seus determinantes na produção industrial de açúcar e etanol. A base de dados utilizada corresponde a um painel desbalanceado composto por 121 usinas das principais regiões produtoras, ou seja, Centro-Sul e Nordeste, ao longo das safras 2013/2014 a 2016/2017, totalizando 315 observações. Os dados utilizados na pesquisa foram obtidos pelo projeto \"Campo Futuro\" da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Por meio de um acordo com o Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão Empresarial (PECEGE ESALQ USP), um grupo de extensão da Escola de Agricultura \"Luiz de Queiroz\" (ESALQ / USP), os dados foram coletados através de pesquisas e visitas às usinas. O melhor ajuste econométrico foi a partir do modelo de dados em painel com efeitos aleatórios com forma funcional translog. Os resultados para o modelo mais apropriado indicam que a amostra apresenta, relativamente, um elevado nível de eficiência técnica geral, sendo 92% em média, e que não há níveis persistentes de ineficiência, ou seja, as oscilações na eficiência técnica geral ocorrem por variações conjunturais. As usinas mais eficientes da amostra estão localizadas na região Centro-Sul do Brasil. Não há evidências consistentes de que o acesso à crédito e certificações estejam relacionadas a um maior nível de eficiência técnica industrial.