Ser da paz não é fácil: análise das atitudes dos militares brasileiros em relação às missões de paz a partir de uma perspectiva microdinâmica
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Escola Superior de Guerra
Programa de Pós-Graduação em Segurança Internacional e Defesa (PPGSID) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.esg.br/handle/123456789/1497 |
Resumo: | O presente trabalho adota a perspectiva microdinâmica para refletir acerca das atitudes dos militares a respeito das missões de paz sob a égide da Organização das Nações Unidas (ONU). Considera-se que as atitudes são influenciadas pelas experiências na missão de paz, cujo efeito é mediado por variáveis psicológicas laborais. Para alcançar este intento, a análise contempla dados coletados com militares brasileiros que foram desdobrados em missão coletiva (FTM - UNIFIL; n = 80) e de caráter individual (MINURSO, MINUSCA, UNCYP, MONUSCO, UNMISS, UNIFIL, UNAMID; n = 77) entre os anos de 2016 -2021. Foram usados instrumentos psicométricos que avaliam três variáveis psicológicas laborais: “capital psicológico”, “conflito de função” e “ambiguidade de função”; e uma escala para avaliar as atitudes dos militares em relação à missão de paz. Foi confeccionado um instrumento de medida por teoria para avaliar experiências vivenciadas na missão de paz, baseada em evidências da literatura. Estes dados foram analisados por uma técnica estatística multivariada, a Partial Least Squares Structural Equations Modeling, utilizando seus parâmetros usuais para verificação da qualidade de modelo de mensuração e estrutural. O modelo teórico analisado previa que as experiências na missão de paz teriam um efeito indireto sobre as atitudes em relação às missões de paz, pois o mesmo seria mediado pelo “capital psicológico”, “conflito de função” e “ambiguidade de função”. Os resultados indicaram que para os militares em missão de paz individual, as experiências na missão têm relação preditiva com as atitudes em relação à missão de paz, mediada tão somente pela ambiguidade de função, que influencia negativamente as atitudes acerca da missão. Já para os militares em missão coletiva não foi encontrada nenhuma predição significante entre as experiências na missão de paz e as atitudes referentes à mesma. Em ambos os modelos, ambiguidade de função mostrou-se um estressor laboral com efeito importante sobre as atitudes na missão de paz e apenas para a amostra de militares de missão de paz individual o capital psicológico tem uma predição que leva à uma avaliação mais positiva da missão. Conclui-se com reflexões sobre a seleção, preparo e suporte ao militar no terreno e indicações de pesquisas futuras. |