Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Farias, Maria Marony Sousa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Escola Nacional de Administração Pública (Enap)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.enap.gov.br/handle/1/7370
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Resumo: |
As bolsas de produtividade PQ foram criadas na década de 1970, para subsidiar o trabalho do CNPq. Desde então, se mantêm como um instrumento de diferenciação simbólica entre pares e foi ganhando status ao longo do tempo e atualmente, se institui quase como uma carreira, formando um sistema hierarquizado de posições, no qual classifica e tipifica o perfil de excelência da elite científica brasileira. Esta dissertação buscou avaliar os efeitos da obtenção de uma bolsa de Produtividade PQ na carreira dos pesquisadores brasileiros. No estudo empírico foram analisados os dados de produtividade de pesquisadores de 12 comitês assessores referentes aos dois maiores comitês de cada uma das seis coordenações gerais do CNPq, os quais englobam todas as grandes áreas e cerca de 45% das bolsas PQ vigentes. Esses dados foram reunidos em um painel de indicadores de produtividade científica dos pesquisadores presentes na amostra referentes aos anos de 2013, 2014, 2017 e 2020. Para modelar e identificar o efeito de um conjunto de determinantes da obtenção de uma bolsa de produtividade PQ, foram estimados modelos de dados em painel com o estimador de diferenças em diferenças (DID). Os resultados obtidos apontam que a obtenção de uma bolsa PQ, aumenta em cerca de 5 unidades o indicador criado para refletir a carreira dos pesquisadores. No entanto, tal resultado só aparece quando podemos, de fato, isolar os indivíduos que não possuem bolsa PQ e compará-los com aqueles que possuem, o que foi possível para o ano de 2017, mas não de 2020. O estudo evidenciou que dentro o grupo de controle e do grupo de tratamento há bastante mobilidade, com pesquisadores que entram e saem da amostra. Os resultados também parecem indicar: 1) há, de fato, um enorme esforço por parte dos pesquisadores brasileiros não apenas para a obtenção destas bolsas de produtividade PQ, mas também para sua continuidade e para progressão de nível; e 2) o processo de julgamento efetuado pelos comitês assessores é de fato bem-feito, sendo necessário que os pesquisadores se mantenham continuamente produtivos e concorrendo com seus pares, caso queiram manter a bolsa ou obter progressão, caso contrário, irão perdê-la no ciclo seguinte. |