O Prognóstico de recém-nascidos com diagnóstico de hérnia diafragmática congênita admitidos entre os anos de 2005 a 2015 na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de um Hospital Federal do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Carmo, Roberta Ivanira Silva do
Orientador(a): Peixoto Filho, Fernando Maia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/44320
Resumo: Introdução: A hérnia diafragmática congênita é a falha do fechamento embrionário do músculo diafragmático, resultando em um defeito de continuidade, com potencial migração de estruturas abdominais em formação para cavidade torácica e representa 8% das principais anomalias congênitas, cuja mortalidade é elevada. Objetivo: Descrever e analisar o prognóstico de recém-nascidos no primeiro ano de vida com diagnóstico de hérnia diafragmática congênita admitidos entre os anos de 2005 a 2015 na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Instituto Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente. Método: Esta pesquisa foi uma coorte retrospectiva, a população do estudo foi composta por análise documental de prontuários de 129 recém-nascidos com diagnóstico de hérnia diafragmática congênita. Foram analisados os fatores prognósticos onde as variáveis de exposição do pré-natal, parto e pós-natais foram associadas ao óbito do recém-nascido, foi calculada a odds ratio e o intervalo de confiança (IC95%) para todas as variáveis estudadas. Foram utilizados os testes de qui-quadrado para a análise das variáveis categóricas e o teste T Student para a análise as variáveis continuas, permanecendo significativas as variáveis que apresentarem o p <0,05. Resultados: Foram incluídos no estudo 129 recém-nascidos, internados no IFF no período de Janeiro/2005 a Dezembro/2015. Dos 142 recém- nascidos, 13 foram excluídos, sendo analisados 129 casos, destes 79 pacientes foram a óbito, 50 sobreviveram e 33 tinham outras malformações associadas. Foram analisadas 19 variáveis continuas e 47 variáveis dicotômicas após associação com o óbito do recém-nascido, os fatores prognósticos que permaneceram significativos foram volume de liquido amniótico-polidrâmnia(p:0,001), manobras de PCR na sala de parto (OR:2,528, p:0,000), apgar no primeiro minuto < 7(OR: 0,136, p:0,000), apgar no quinto minuto < 7 (OR:0,213, p:0,000), IG do início do pré-natal (p:0,000), IG do diagnóstico de HDC (p:0,004), peso em gramas do RN ao nascimento (p:0,059), pH da primeira gasometria (p:0,000), pCO2 da primeira gasometria (p:0,000), hipoplasia pulmonar (OR: 3,074, p:0,000), PAP (p:0,031), sepse confirmada (OR: 0,346, p:0,017), uso de aminas pré-operatórias (OR: 2,881, p:0,000), uso de aminas pós-operatórias (OR:0,671, p:0,015), transfusão pós-operatória (OR: 0,591, p:0,010), oxido nítrico e os dias de uso (OR:1,739, p:0,000), presença de refluxo gastroesofágico (OR: 2,158, p:0,008), GTT (OR: 0,309, p:0,013), Nissen (OR: 0,346, P:0,027), uso de PICC (OR: 0,293, p:0,000), correção cirúrgica pós-natal (OR: 0,351, p:0,000), idade da reoperação em meses (p:0,005) e a presença de hérnia de intestino (OR: 0,615, p:0,001), os demais fatores analisados, embora numericamente sugerissem relevância, não foram estatisticamente significativos. Conclusão: Em nossa população de estudo os fatores antenatais desfavoráveis foram volume de liquido amniótico-polidrâmnia, manobras de PCR na sala de parto, apgar no primeiro e quinto minuto < 7, IG do início do pré-natal, IG do diagnóstico de HDC, peso em gramas do recém nascido ao nascimento, pH e pCO2 da primeira gasometria. Os fatores pós-natais desfavoráveis foram hipoplasia pulmonar, PAP, sepse confirmada, uso de aminas pré-operatórias, uso de aminas pós-operatórias, transfusão pós-operatória, oxido nítrico e os dias de uso, presença de refluxo gastroesofágico, GTT, Nissen, uso de PICC e a presença de hérnia de intestino.