Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Costa, Karina Miura da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-08022021-145538/
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Resumo: |
Introdução: A hérnia diafragmática congênita (HDC) consiste em um defeito na formação do diafragma que resulta na passagem de vísceras abdominais para a cavidade torácica. A incidência é de 1:2500-4000 nascidos vivos e sua elevada morbimortalidade está relacionada à hipoplasia e à hipertensão arterial pulmonar, cujos mecanismos ainda são pouco compreendidos e tornam o cuidado neonatal um grande desafio. Portadores de HDC apresentam um curto período de estabilidade ventilatória pós-natal, com oxigenação sistêmica adequada, chamado de período de lua de mel (honeymoon). Em seguida, há deterioração progressiva da oxigenação com piora da hipertensão pulmonar. Acredita-se que alterações da sinalização mediadas pelo VEGF, VEGFR-1/2 e pela eNOS levam à adaptação errática da circulação pulmonar neonatal e resultam em alterações da reatividade vascular, com consequente hipertensão pulmonar. Objetivo: Avaliar o efeito da ventilação mecânica durante o período de lua de mel na morfometria e na expressão de VEGF, VEGFR-1/2 e eNOS na HDC experimental em ratos. Material e Métodos: Filhotes de ratas Sprague Dawley foram separados em cinco grupos: controle (C), controle respirando (CR), controle ventilado (CV), hérnia diafragmática congênita (HDC) e hérnia diafragmática congênita ventilado (HDCV). Para os grupos com HDC, as ratas prenhes foram expostas a 100 mg de nitrofen no dia gestacional (DG) 9,5. Os grupos CR, CV e HDCV foram subdivididos em tempos ventilatórios de 30, 60 e 90 minutos (n=7-8 cada). No DG 21,5, os neonatos foram coletados e, após a ventilação (grupos ventilados) e a pesagem (grupos não ventilados), foram sacrificados. Os pulmões de n=4 neonatos de cada grupo foram submetidos à análise do parênquima (fração de espaço aéreo) e da vasculatura pulmonar (espessura da camada média), além da avaliação imuno-histoquímica (IHQ) (n=4) e por western blotting (WB) (n=3-4) da expressão de VEGF, VEGFR-1/2 e eNOS. A análise estatística foi realizada com diferenças significativas para p<0,05 usando ANOVA one-way com pós-teste de Tukey. Resultados: Os grupos com HDC apresentaram menores parâmetros biométricos que os grupos controle. A fração de espaço aéreo do grupo HDC foi menor do que todos os demais grupos, e os grupos ventilados apresentaram valores semelhantes independente do tempo ventilatório. Quanto à vasculatura pulmonar, os controles apresentaram redução da espessura da camada média, enquanto os neonatos com HDC tiveram aumento desse parâmetro com a progressão do tempo ventilatório (período de lua de mel). Os grupos controle e os grupos com HDC apresentaram diferentes padrões de expressão de VEGF, VEGFR-1/2 e eNOS. Os achados de expressão dos receptores e eNOS foram significativos à IHQ mas não ao WB, enquanto o VEGF foi significativo ao WB mas não à IHQ. Conclusão: Houve alteração da reatividade vascular pulmonar e da expressão de VEGF, VEGFR-1/2 e eNOS na HDC em ratos durante o período de lua de mel, o que sugere um papel importante da via VEGF-NO nesse período. |