Avaliação do padrão de restrição do crescimento fetal em gestantes infectadas pelo vírus Zika

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gama, Helder Dotta da
Orientador(a): Carvalho, Paulo Roberto Nassar de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/44513
Resumo: O foco principal desta Dissertação é a caracterização da restrição de crescimento em fetos expostos à infecção pelo vírus Zika (ZIKV) durante a gestação. A população de estudo é formada por mulheres com gestações únicas e testes moleculares positivos para a infecção pelo ZIKV detectados durante a gestação e que foram acompanhadas no IFF entre janeiro de 2016 e março de 2017. Optamos por dividir em dois grupos: fetos de crescimento normal e fetos com crescimento restrito e em faixas de idade gestacional para facilitar a interpretação; o critério diagnóstico para a restrição de crescimento foi a medida da circunferência abdominal abaixo do percentil 10 para a idade gestacional. As variáveis biométricas fetais foram reclassificadas em Z-scores conforme a idade gestacional e, juntamente com as variáveis Dopplervelocimétricas, foram analisadas comparando-se os dois grupos, utilizando o teste t-Student. Observamos que em todas as faixas analisadas, houve diferença significativa entre os parâmetros biométricos, principalmente as circunferências cefálica e abdominal, o fêmur apresentou menor discrepância entre grupos. Na avaliação Dopplervelocimétrica, destacou-se a diferença no índice de pulsatilidade da artéria umbilical. Por fim, descrevemos as malformações congênitas mais frequentes no grupo de fetos restritos, como microcefalia, ventriculomegalia, calcificações intracranianas e artrogripose. Os achados deste estudo sugerem que o vírus Zika interfere no crescimento fetal de uma forma mais seletiva, prejudicando apenas parcialmente o crescimento de ossos longos, e que também promove algum grau de insuficiência placentária, o que explicaria o aumento na resistência ao fluxo sanguíneo umbilical neste grupo de fetos acometidos.