Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Terra, Anna Pires |
Orientador(a): |
Faccini, Lavinia Schuler |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/250241
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Resumo: |
A incidência de casos de infecção por ZIKV na população geral apresenta taxas maiores em estados da região Nordeste do Brasil. No estado do Rio Grande do Sul (RS), o vírus somente se tornou autóctone em abril de 2016, mas com número reduzido de casos confirmados. Desde que foi estabelecida a relação causal entre a infecção pré-natal pelo ZIKV e a microcefalia, o registro, vigilância e identificação de causas de microcefalia se tornou imperativo em nosso país. Em 2017 o número de casos de infecção por ZIKV diminuiu significativamente, mas casos ainda são registrados e existe a preocupação que uma epidemia possa acontecer no Sul, onde o vetor (Aedes aegyptii) é prevalente e a maior parte da população não tem imunidade ao ZIKV. Objetivo: Descrever as características dos recém-nascidos com microcefalia no estado do Rio Grande do Sul, comparando os anos de 2016 e 2017. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal comparando todas as notificações de microcefalia congênita no estado do RS de 1º de dezembro de 2015 a 31 de dezembro de 2016 (período 1) e entre 01 de janeiro e 31 de dezembro de 2017 (período 2). O atendimento para investigação destes casos é feito por nossa equipe no Serviço de Genética do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, onde um protocolo estruturado é aplicado a todos os casos. Foram analisados os diagnósticos etiológicos, com particular interesse nas infecções congênitas. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HCPA (nº 16-0577). Resultados: Registramos 58 casos confirmados de microcefalia (prevalência = 3,8/10.000 nascidos vivos) no período 1 e 33 casos (prevalência = 2,3/10.000 nascidos vivos) no período 2. As infecções congênitas foram identificadas como o principal fator causal, 50,0% no período 1 e 45,4% no período 2. O número de casos de microcefalia por de ZIKV foi 5,2% no período 1 e 3,0% no período 2; mas chama a atenção o número significativo casos com fenótipo compatível com o de Síndrome Congênita por ZIKV (n=5 ou 15,1%), mas que não se pode obter confirmação laboratorial. Conclusão: O surto de ZIKV no Brasil recuou, mas o RS continua sendo área de risco com aumento de possíveis casos em 2017 comparativamente com ano anterior. |