Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Silva, Andréia Santos |
Orientador(a): |
Mangia, Adriana Hamond Regua |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24355
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Resumo: |
O objetivo geral deste estudo consiste em identificar como as estratégias antitabagistas podem agir sobre a maneira como conduzimos nossas vidas e quais são os elementos utilizados por elas. Para chegar a estes elementos nos detivemos num caso específico – as advertências sanitárias com imagens nas embalagens de cigarros; e fizemos uso da categoria da governamentalidade, entendida por Foucault, como um conjunto de estratégias e reflexões que estão na base de uma forma de exercício de poder que procura conduzir a conduta alheia. Traçamos para tanto quatro objetivos específicos: 1) identificar como se fundamentam os estudos epidemiológicos sobre risco e como a noção de risco pode atuar como um eixo regulatório da vida contemporânea; 2) entender como se configura o campo da promoção da saúde a partir de seus marcos históricos e das principais críticas feitas a ele; 3) recuperar, a partir de revisão de literatura, as principais características de uma “governamentalidade contemporânea”; 4) produzir um panorama dos discursos antitabagistas a partir de documentos e campanhas veiculados pelo setor saúde. Para a análise do material, nos valemos do método indiciário e da leitura isotópica. Chegamos a três categorias isotópicas, elementos de significação recorrentes subjacentes à coerência textual, que foram organizadas em pares de opostos. Com ‘inevitabilidade/probabilidade’ assinalamos como a dimensão probabilística dos riscos é ocultada em prol da promoção da mudança de comportamentos; com ‘fracasso/sucesso’ identificamos a figura do homem em busca de sua autorrealização sendo comprometida pelo tabagismo; com ‘veneno/antídoto’ apontamos para as estratégias antitabagistas como antídotos, nos quais, o fumante é ao mesmo tempo vítima da indústria do tabaco e ameaça ao seu entorno. |