Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Amaral, Bruna Carla de Carvalho [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/210845
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Resumo: |
Esta pesquisa teve origem a partir de experiências no campo da inclusão escolar, que despertaram questionamentos a respeito dos resultados de sua implementação e do modo como seus dispositivos repercutiam nos atores da escola. A partir da observação e de diálogos com educadores de uma escola de Educação Infantil, foi possível constatar a procura frequente por laudos e diagnósticos das crianças, como uma busca por algum elemento externo que solucionasse o “problema” da impotência dos educadores diante de determinados alunos; fosse ele uma medicação, um laudo ou um professor especialista. Tal questionamento culminou, nesta pesquisa que investiga, por meio de certa genealogia da História da Educação Especial, de qual modo os saberes e poderes desse campo atuam diretamente na construção da concepção predominante de inclusão escolar no Brasil, atualmente; atrelada ao que buscou preconizar a PNEEPEI1, em 2008. Para relatar a experiência disparadora dessa pesquisa, optamos por construir cenas e retratos empírico-ficcionais, que buscam ilustrar possíveis práticas escolares que pretendem ser inclusivas. Buscou-se compreender as eventuais causas da relutância em admitir a implementação de dispositivos de inclusão, numa escola de Educação Infantil em 2018, assim como analisar, sob a ótica da biopolítica e de outros conceitos foucaultianos, de que forma as políticas públicas inclusivas relacionam-se com o campo da Educação Especial e quais características desse campo podem apontar para as causas da contradição assinalada. Optou-se por utilizar o método genealógico, a fim de valer-se das singularidades do caso narrado, para compreender as lutas históricas envolvidas e traçar novas estratégias para as lutas atuais. Ao final da dissertação, após problematizar o caso analisado, compreendemos os obstáculos que os movimentos por uma inclusão, concebida a partir da valorização da diferença, não conseguem transpor. Nossa hipótese era a de que eles advenham dos poderes e paradigmas, que norteiam os documentos oficiais e das dificuldades de realização das mudanças necessárias na formação de professores, para atuarem com uma perspectiva mais ampla de inclusão. Com a pesquisa pode-se confirmar essa expectativa e compreender que esses poderes estão ligados ao paradigma científico e ao caráter de correção dos corpos presentes na constituição do campo da Educação Especial. Espera-se que as experiências de inclusão e os focos de resistência a esse modelo normalizador predominante estimulem a reinvenção das práticas de inclusão escolar. |