Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cardoso, Darwin Renne Florencio |
Orientador(a): |
Mallet, Jacenir Reis dos Santos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37713
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Resumo: |
A doença de Chagas é uma infecção causada pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruzi, transmitida principalmente pelas fezes de triatomíneos infectados, transfusão sanguínea e outras. A sífilis, doença infecciosa que tem como agente etiológico o Treponema pallidum, é sexualmente transmissível, embora também possa ser transmitida por transfusão de sangue contaminado. Apesar de endêmicas no continente americano, os dados sobre a soroprevalência para estas infecções entre os doadores de sangue no Brasil e no estado do Piauí ainda são escassos. O objetivo do estudo foi caracterizar, epidemiologicamente, a população de doadores de sangue atendida no Hemocentro Coordenador do Estado do Piauí, infectados por doença de Chagas e sífilis no período de 2006 a 2016. O desenho metodológico que compõem este estudo foi transversal, em que foi analisado separadamente a totalidade da população de doadores de sangue do estado do Piauí em relação a detecção da positividade para doença de Chagas e sífilis ocorrida no período de 2006 a 2016. Em concordância com a metodologia de estudos transversais, a população doadora foi dividida em grupos (gênero, faixa etária, escolaridade, etnia e estado civil) que foram comparativamente analisadas em relação à positividade ou negatividade para cada uma das doenças estudadas. A caracterização da população estudada foi feita mediante as informações cadastradas a partir do banco de dados (Hemovida) do Hemocentro do estado do Piauí. Para análise dos dados foram utilizados os procedimentos usuais da estatística descritiva, tais como distribuição de frequência absoluta (n) e relativa (%). Para verificar a associação entre as variáveis com as bolsas de sangue negativas e positivas foi utilizado o teste Qui-quadrado com nível de significância de 5% (p<0,05) A pesquisa foi cadastrada na Plataforma Brasil e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão (FACEMA). No período estudado, um total de 534.255 doações de sangue foram realizadas no estado do Piauí. Dessas, 1.802 (0,3%) bolsas foram descartadas decorrentes da triagem sorológica reativa para doença de Chagas e 7.884 (1,5%) foram descartadas devido à sororeatividade para sífilis. Os dados relacionados à soropositividade chagásica demonstraram que o gênero masculino foi o mais frequente com 68,6%, a faixa etária predominante foi a de 30 a 59 anos com valor de p estatisticamente significativo. O grau de escolaridade prevalecente de positividade para doença de Chagas foi o ensino médio completo (31%). O grupo étnico mestiço apresentou maior frequência (77,6%) dentre os demais. O estado civil casado foi o de maior frequência com 54,6%. Os dados relacionados à sífilis apontaram maior predominância para o sexo masculino (67,7%). Em relação à faixa etária, observou-se que o grupo prevalecente foram os que apresentam idade entre 30 a 59 anos com 72,1%. Quanto a população doadora positiva para sífilis, o grau de escolaridade predominante foi o ensino fundamental incompleto com 36,1%. O grupo étnico mestiço também foi o mais frequente com 75,7%. Quanto ao estado civil da população soropositiva para sífilis estudada, o grupo de solteiros apresentaram maior frequência com 51,5%. Desse modo, o perfil epidemiológico do doador de sangue chagásico atendido no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado do Piauí (Hemopi) é identificado como de um indivíduo do sexo masculino, com 30 a 59 anos de idade, ensino médio completo, mestiço e casado No entanto, o perfil epidemiológico do doador de sangue sifilítico atendido no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado do Piauí (Hemopi) é descrito como de um indivíduo do sexo masculino, com 30 a 59 anos de idade, ensino fundamental incompleto, mestiço e solteiro. |