Ensaio Imunoenzimático com Antígeno de Leishmania (Viannia) braziliensis no Diagnóstico e Acompanhamento de Pacientes com Leishmaniose Tegumentar Americana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Confort, Eliame Mouta
Orientador(a): Schubach, Armando de Oliveira, Marzochi, Mauro Célio de Almeida
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/14286
Resumo: Avaliou-se o ensaio imunoenzimático indireto (ELISA) com antígeno de Leishmania (V.) braziliensis para a investigação diagnóstica da leishmaniose tegumentar americana (LTA) em suas modalidades cutânea (LC) e cutâneomucosa (LCM) e avaliação da resposta terapêutica a partir de amostras de soro de pacientes atendidos no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC). O grupo I, LTA (n=153) foi formado com amostras de soros de pacientes com pelo menos um resultado positivo nos exames parasitológicos ou na reação em cadeia da polimerase (PCR), e o grupo II, controle (n=103), com amostras de indivíduos representativos da população do estudo, com suspeita inicial de LTA, mas com outro diagnóstico confirmado. As seguintes informações foram obtidas dos prontuários: avaliação clínica, dermatológica otorrinolaringológica; intradermorreação de Montenegro IDRM; pesquisa de Leishmania por exame direto e histopatológico, isolamento em meio de cultura, PCR e exames diretos com colorações especiais, inoculação em meios de cultura para fungos e micobactérias. As amostras foram obtidas nas fases de investigação diagnóstica e pós-tratamento em períodos definidos até dois anos. Comparou-se a sensibilidade do ELISA com a de cada um dos métodos parasitológicos, PCR e com a IDRM. Para avaliação da resposta terapêutica, amostras de 75 pacientes que se mantiveram com as lesões cicatrizadas durante o período do estudo constituíram o subgrupo cura terapêutica (ICT) e aquelas de 31 pacientes com recidivas constituíram o subgrupo recidiva pósterapêutica (IRT). A confiabilidade do teste avaliado pelo coeficiente de correlação intraclasse foi de 0,953 (IC 95%) Encontrou-se sensibilidade de 94,7%, especificidade de 95,1% e valores preditivos, positivo e negativo de 96,6% e 92,4% respectivamente. Não houve diferença com significância estatística entre as sensibilidades encontradas no ELISA, na PCR e na IDRM (CI= 95%, qui-quadrado pvalor= 0,140 e p-valor=0,498). O mesmo não ocorreu com os demais métodos parasitológicos (p-valor<0,001). A análise da resposta humoral à terapia demonstrou haver redução da resposta de anticorpos nos pacientes do subgrupo ICT significativamente menor aos seis meses após o tratamento (Wilcoxon; pvalor= 0,016) com 51,8% de pacientes não reatores ao final de dois anos após a terapia. Os demais se encontravam fracamente reatores. Ao contrário, no subgrupo IRT, houve pequena redução seguida de elevação dos valores de densidade otica atingindo patamares mais elevados na ocasião da recidiva. Comparando-se estes subgrupos (ICT e IRT) quanto à intensidade das reações e frequencia de reatores, em cada ponto do acompanhamento, encontraram-se diferenças a partir do sexto mês após a terapia e a cura clínica (Mann-Whitney; p-valor=0,046 e p-valor 0,009). Os resultados demonstram um bom desempenho do ELISA no diagnóstico diferencial de LTA e na avaliação da resposta terapêutica