Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Santos, Ranailla Lima Bandeira dos |
Orientador(a): |
Campos, Mônica Rodrigues |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24821
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Resumo: |
As doenças crônicas (DC) constituem um problema global de saúde, gerando um elevado número de mortes prematuras e perda de qualidade de vida (QV), além de serem responsáveis por impactos econômicos para a sociedade. Dentre as DC, destaca-se o Diabetes mellitus (DM), considerado um problema de saúde pública devido ao aumento de sua incidência e prevalência. O DM pode ter agravamento progressivo, deteriorando o estado de saúde e consequente a QV. Evidências na literatura demonstram que o sedentarismo é um fator de risco relevante no desenvolvimento e agravo das DC. Assim, medir a QV é uma forma ampliada de avaliar a saúde a nível individual e coletiva, além de ser um importante mecanismo para quantificar as perdas advindas das DC e o impacto dos fatores de risco. Avaliar a associação existente entre QV, DC, em particular o DM, e sedentarismo, ao nível individual no Brasil em 2008. No Brasil (2008), na Pesquisa Dimensões Sociais das Desigualdades, realizou-se inquérito nacional com 12.423 entrevistados de 20 anos ou mais. Gerou-se escores de QV, via Short-Form 36 (SF-36), em seus componentes sumários físico (PCS) e mental (MCS). A prevalência de sedentarismo foi 30 por cento, onde quem é sedentário tem cerca de duas vezes mais chances de ter DM. Constataram-se associações estatisticamente significativas entre faixa etária, raça, estado civil, escolaridade, classe econômica, ter pelo menos uma DC e DM com as chances de ser sedentário. Já a prevalência de DM foi 7,5 por cento. Os escores médio de QV de diabéticos foram de 42 para PCS e 47 para MCS. Após regressão logística, os principais fatores para uma pior QV entre os diabéticos foram: ser sedentário, ter 65 anos ou mais, pertencer a classe D/E, ter outra morbidade além do DM e ser mulher. Verifica-se nesse estudo o efeito deletério do sedentarismo sobre a QV, por figurar como um hábito não saudável. Além disso, os resultados mostram o impacto negativo do DM na QV dos participantes, apontando a necessidade de mudanças comportamentais como estratégia para melhora do controle do DM e suas complicações, bem como para obtenção de uma melhor QV. Desta forma, conhecer o perfil dos indivíduos sedentários e/ou diabéticos, e seu impacto na QV nos diferentes contextos tem uma implicação importante para saúde coletiva, devendo ser considerado em estudos futuros. |