Bionomia de Migonemyia migonei (Diptera, Psychodidae, Phlebotominae) em condições experimentais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Eric Fabrício Marialva dos
Orientador(a): Pessoa, Felipe Arley Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/32458
Resumo: A espécie Migonemyia migonei é vetora de Leishmania braziliensis no Brasil. Estudos recentes demostraram que essa espécie pode estar participando do ciclo de transmissão de Leishmania infantum chagasi no Brasil e Argentina. O presente estudo teve como objetivo estudar a biologia de Mi. migonei, verificando morfologia dos imaturos, aspectos de colonização em massa e desenvolver modelo de transmissão de Le. in.chagasi através da picada da mesma, de indivíduos colonizados. Para alcançar esses objetivos foram feitos vários experimentos, os estágios imaturos (ovo, larva e pupa ) foram analisados por MEV e microscopia de luz; colonização em massa foi verificado ciclo de vida, longevidade, fecundidade, fertilidade e preferência de oviposição em substratos; para transmissão, fêmeas de Mi. migonei foram infectadas com Le. in. chagasi e Le. braziliensis (controle) de isolados em meio de cultura; , posteriormente fêmeas infectadas foram colocadas para picar camundongos. Como resultado da descrição, os ovos de Mi. migonei apresentam um exocório com estruturas poligonais, a quetotaxia das larvas e pupas apresentaram diversas cerdas diferenciadas de outras espécies. O ciclo de vida de ovo até emergência do adulto foi de 62,1 dias em média. A maior fertilidade e fecundidade foi com o sangue de hamster (36,68, p <0.05), seguido de humano (23,28), camundongo (19,63) e pinto (12,20). Fêmeas de Mi. migonei alimentadas com maçã sobreviveram maior tempo (10 dias) seguido de água açucarada a 10% (7 dias) e água (5 dias). Não foi observado diferença na taxa de oviposição dos diferentes substratos. Quanto a transmissão Mi. migonei foi capaz de transmitir Le. in. chagasi, a quantidade de parasita variou de 10 a 1000 em uma única orelha. Estes resultados contribuem para biologia de Mi. migonei e desvendar seu papel como vetora na transmissão de Le. in. chagasi.