Concepções em disputa sobre as ações do Estado para prevenção e controle da obesidade infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Henriques, Patrícia
Orientador(a): Oliveira, Gisele O Dwyer de, Burlandy, Luciene
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24107
Resumo: O objetivo central da tese foi identificar e analisar as concepções em disputa em torno das açoes do Estadogovernos no âmbito das políticas de alimentação e nutrição voltadas para promoção da alimentação saudável e prevenção e controle da obesidade infantil no Brasil. A pesquisa de natureza qualitativa pautou-se na abordagem cognitiva de análise de políticas públicas e analisou as concepções de diferentes sujeitos referenciados às esferas do EstadoGoverno, Sociedade Civil Organizada (SCO) e do Setor Privado Comercial (SPC), que têm interesses e/ou que participam de espaços decisórios de políticas de alimentação e nutrição, sobre questões centrais para o enfrentamento da obesidade infantil no Brasil. Para tanto, realizou-se análise de documentos produzidos pelo governo federal, SCO e SPC, bem como entrevista semi-estruturada com vinte informantes-chave que integram instituições e organizações envolvidas com as políticas em pauta. Os entrevistados, representantes dos três segmentos, argumentaram que a obesidade infantil é um problema complexo e que o Estado é o principal responsável neste enfrentamento. No entanto, os argumentos destacados nas narrativas acerca dos fatores condicionantes expõem elementos de tensão sobre o que cabe ao Estado e os seus limites de atuação. O SPC alega que o Estado não pode proibir e nem ser muito protetor, pois cabe aos pais decidirem o que os filhos devem comer. As estratégias e ações empreendidas pelo Estado, propostas no âmbito das políticas de saúde e de Segurança Alimentar e Nutricional, foram citadas pelos entrevistados do segmento Estatal e da SCO, como fundamentais para afetar diferentes condicionantes da obesidade infantil, mas algumas encontram resistência de setores da indústria de alimentos.