Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Araujo, Elaine da Silva Pires |
Orientador(a): |
Camacho, Luiz Antonio Bastos,
Grinsztejn, Beatriz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27916
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Resumo: |
Desde 1994 sabe-se que a trans missão do HIV da mãe para o filho pode ser evitada através do uso de um pacote de intervenções que inclui uso de antirretrovirais durante a gravidez, o parto e as primeiras semanas de vida do recém-nato e o não aleitamento materno. A taxa de transmissão ve rtical do HIV varia nas diferentes regiões geográficas do mundo, dependendo da abrangência da implementação dos procedimentos profiláticos. No Brasil tanto o acesso à profilaxia quanto a taxa de transmissão vertical são maiores nas regiões mais pobres do país, contribuindo para que o país ainda tenha crianças infectadas por essa via. Esse é um estudo de coorte retrospectivo, realizado no período de 1999 a 2009 no Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) , na Baixada Fluminense, estado do Rio de Janeiro, com os o bjetivos de descrever o acesso às intervenções recomendadas para a profilaxia da transmissão vertical do HIV-1 e as taxas de transmissão vertical do HIV em gestantes infectadas pelo HIV assistidas no HGNI; e de analisar os fatores associados ao uso insuficiente de antirretrovirais durante a gestação na população estudada. A população estudada é jovem, com renda familiar mensal e escolaridade baixas. Considerando o total de gestações (n=1259), o acesso ao componente antenatal do esquema profilático ocorreu em 59,1% dos casos, o uso de ZDV IV durante o parto em 74,1% e o uso de ARV oral para o recém-nato ( RN ) em 97,5% Durante a permanência na maternidade 91,0% dos RN não receberam aleitamento materno. Apenas 51,3% dos recém-nascidos se beneficiaram de todas as intervenções recomendadas. Nas gestações subsequentes (n=289) 26,6 % dos RN não receberam o pacote completo de intervenções profiláticas. A taxa global de transmissão vertical do HIV foi de 4,5 % e as taxas anuais de 0% (em 1999) a 6,9 % (em 2005), sem tendência definida no período. Mesmo no subgrupo que possui diagnóstico de infecção por HIV anteri or ao parto, 20,7% não usou ARV e 4,4% usou por período inferior a 14 dias. Dentre os fatores analisados, o desconhecimento da sorologia do parceiro e o diagnóstico tardio de infecção por HIV foram associados ao uso insuficiente de ARV. Conclui-se que o acesso ao pacote completo de intervenções para profilaxia da transmissão vertical do HIV foi baixo, não se observando tendência de melhora ao longo dos anos. As taxas de transmissão vertical observadas foram maiores que as encontradas em serviços de referência do município do Rio de Janeiro e de regiões mais ricas do país. O uso insuficiente de ARV na gestação está associado à dificuldade de acesso aos serviços especializados, em parte pelo diagnóstico tardio, e ao perfil de vulnerabilidade de parte da população, que demanda intervenções adicionais para promover melhor adesão ao acompanhamento necessário para a redução da transmissão vertical |