Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Ramos, Grazielle Viana |
Orientador(a): |
Bozza, Fernando Augusto,
Guaraldo, Lusiele |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27064
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Resumo: |
Introdução: A introdução da terapia antirretroviral (TARV) modificou de forma efetiva o prognóstico dos pacientes infectados pelo vírus HIV a médio e longo prazo. Entretanto, o uso da TARV em terapia intensiva é complexo e potencialmente deletério, no entanto pode estar associado a benefícios na sobrevivência, o que poderia justificar seu uso. Objetivo: Avaliar o uso de antirretrovirais em pacientes com HIV/AIDS internados em terapia intensiva e seu impacto nos desfechos em 1, 2 e 5 anos. Metodologia: Estudo retrospectivo com seguimento até 5 anos após alta hospitalar, através de revisão dos prontuários de pacientes com HIV/SIDA internados no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do INI, no período de 2010 a 2014. Os desfechos considerados foram a mortalidade, troca de TARV e reinternações no período pós-alta hospitalar. Foram realizadas análises descritivas considerando as características dos pacientes. As reações adversas à medicamentos (RAMs) que foram motivo de troca de esquema TARV foram analisadas segundo o algoritmo de Naranjo. Análise de sobrevivência foi realizada para avaliar o tempo decorrido entre a alta do CTI e a ocorrência do óbito Resultados: A mortalidade foi similar entre os grupos com uso ou sem uso de TARV (20,0% e 17,5% respectivamente. Dentre os pacientes que utilizaram TARV no CTI, foi observada a troca do esquema prescrito em 32,9%. A RAM mais observada foi a anemia (31,6%), sendo o fármaco mais envolvido a zidovudina. O percentual de reinternação até 1 ano após a alta hospitalar nesta população foi de 34,5%. Verificou-se que em pouco mais de 500 dias após a alta do CTI 75% dos pacientes permaneciam vivos [IC95% 67 \2013 84]. Conclusão: Os fatores de risco para redução do tempo de sobrevida foram relacionados à idade (>60 anos) e às comorbidades associadas, caracterizando gravidade. O não uso prévio de TARV no momento da admissão no CTI teve um efeito protetor na sobrevida a longo prazo. Não foram observadas diferenças significativas na comparação entre os grupos, referentes à utilização de TARV durante a internação no CTI, que evidenciassem benefícios frente aos desfechos estudados; entretanto desfechos negativos como a mortalidade também não foram evidenciados. |