Variações espaciais da mortalidade infantil nos três primeiros dias de vida no município do Rio de Janeiro, 1995-1996

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Andrade, Carla Lourenço Tavares de
Orientador(a): Szwarcwald, Celia Landmann
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5393
Resumo: Este estudo teve como objetivo analisar as variações espaciais da mortalidade nos primeiros dias de vida, por Região Administrativa e por bairro do Município do Rio de Janeiro, no período 1995-96, visando obter os fatores associados às taxas elevadas de mortalidade nos três primeiros dias de vida em algumas áreas da cidade. O trabalho é apresentado sob a forma de dois artigos. Teve como fontes de dados o Sistema de Nascimentos, o Sistema de Informações sobre Mortalidade/MS e o Censo Demográfico de 1991. Foi usado um Sistema de Informações Geográficas (SIG-FIOCRUZ) para agregar os dados censitários por bairro. A visualização geográfica foi feita através de mapas temáticos elaborados por meio do software MapInfo. No artigo 1, foi realizada uma análise espacial exploratória abordando-se aspectos relacionados tanto à assistência médico-hospitalar como às condições socioeconômicas das mães. Foram calculadas taxas por estabelecimento de saúde, ajustando-as por um procedimento de padronização através de um modelo de regressão múltipla. No artigo 2, uma análise estatística espacial dos dados foi realizada utilizando as técnicas de Cliff & Ord, apropriadas para dados de áreas. Por intermédio de um procedimento passo a passo, foram selecionadas as variáveis mais explicativas dos conglomerados espaciais. Os resultados deste estudo apontam para variações espaciais importantes na mortalidade nos primeiros dias de vida da criança, com a presença de dois aglomerados de taxas elevadas. Através da análise estatística espacial, foi mostrada a existência de dependência espacial na taxa de mortalidade nos três primeiros dias de vida. As variáveis que melhor explicaram os aglomerados espaciais foram a “proporção de mães adolescentes”, “proporção de pessoas residentes em favelas em 1996” e a “proporção de chefes com rendimento até um salário mínimo”. Verificou-se que as características individuais das mães, os atributos da área de residência, a atenção pré-natal adequada e a qualidade da assistência médicohospitalar prestada são inter-relacionados e desempenham papel importante no processo. É preciso, no entanto, ter em mente que é fundamental que a mãe esteja disposta a participar dos programas de prevenção oferecidos pelos serviços de saúde, a fim de que bons resultados possam ser alcançados.