Estudo da mortalidade perinatal em Cataguases, Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Paiva, Ana Luiza Possani lattes
Orientador(a): Neves, Luiz Antonio Tavares lattes
Banca de defesa: Ramos, Andréia Aparecida de Miranda lattes, Teixeira, Amarilis Batista lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1535
Resumo: A taxa de mortalidade infantil tem diminuído a cada ano no Brasil, porém ainda se mantém em níveis elevados, tendo como principal componente a mortalidade perinatal. Cerca de 80% do óbitos infantis ocorrem por causas perinatais, consideradas preveníveis por meio do manejo adequado da assistência. O objetivo deste estudo foi descrever a mortalidade perinatal em Cataguases-MG, pelas características do recém-nascido e da mãe, classificando os óbitos quanto ao potencial de evitabilidade. Foram analisados pelos sistemas de informação, SIM e SINASC, 2972 nascimentos e 45 óbitos perinatais ocorridos nos anos de 2008 a 2011. Foram investigados 11 casos de 2011, pelos registros dos prontuários de atenção primária, secundária e terciária, documentos da gestante e entrevista. Os resultados encontrados foram: divergência entre os registros do banco de dados e dos prontuários, dados perdidos no banco de óbitos e nos prontuários, dificuldade de acesso aos documentos e alto índice de óbitos fetais, 58% dos óbitos perinatais. No decorrer dos anos, ocorreu aumento dos casos de asfixia ao nascimento no primeiro e quinto minutos. No ano de 2011 o baixo peso atingiu 9%, 10% dos nascimentos foram prematuros, e ocorreram as taxas de mortalidade mais altas dos últimos quatro anos: infantil (21,7/1000), perinatal (22,7/1000) e pós-neonatal (9,0/1000). A classificação da evitabilidade do óbito revelou possíveis falhas nos três níveis de atenção. Na atenção primária as falhas foram relacionadas ao acesso às informações e identificação do risco gestacional. Na atenção secundária foi identificada falha no atendimento oportuno em relação ao parto, e na atenção terciária, dificuldade no acesso a atendimento de alto risco.