Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Costa, Kátia Gonçalves |
Orientador(a): |
Struchiner, Claudio José |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24216
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Resumo: |
Introdução: Acinetobacter baumannii emergiu nos últimos trinta anos como um patógeno relevante para ocorrência de infecções graves em pacientes gravemente comprometidos pela doença de base. Altas taxas de morbi-mortalidade são associadas às cepas resistentes de A. baumannii, as quais podem manter comportamento epidêmico causando surtos extensos simultaneamente em diversas instituições de saúde. Historicamente A. baumannii tem habilidade para persistir em ambientes secos e úmidos, o que torna o controle de disseminação de difícil execução Tanto a higienização das mãos quanto a limpeza rigorosa do ambiente são estratégias fundamentais a serem adotadas para essa finalidade. Objetivo: identificar através de simulações do modelo a relação entre o tempo de contaminação do ambiente e o risco de disseminação de Acinetobacter baumannii resistente e a relação entre inadequação da higienização das mãos pelos profissionais de saúde e o risco de disseminação de Acinetobacter baumannii resistente. Materiais e Métodos: um modelo matemático determinístico foi elaborado para avaliar a dinâmica de transmissão de A. baumannii dentro de uma unidade de terapia intensiva hipotética. O comportamento das variáveis de interesse foi simulado ao longo do tempo para diferentes valores dos parâmetros inadequação da higienização das mãos [ρ] e descontaminação do ambiente [κ]. As prevalências dos indivíduos suscetíveis, colonizados e infectados foram avaliadas. O software utilizado foi o XPP/WinPP. Resultados: após várias simulações do modelo onde as duas variáveis de interesse foram simultaneamente avaliadas, o modelo prediz que melhores resultados na prevalência de indivíduos colonizados e infectados (baixa prevalência de colonizados e infectados em comparação com o modelo original [ρ=0,4 e κ=0,1]), são encontrados quando profissionais de saúde aderem mais à prática de higienização das mãos (ρ=0,1) associada à rápida descontaminação do ambiente (κ>0,1). Conclusão: embora no modelo apresentado não tenha sido possível observar a interrupção da transmissão por Acinetobacter baumannii resistente ao longo do tempo, as duas variáveis utilizadas nas simulações mostraram impacto nas prevalências de indivíduos colonizados e infectados. Novos estudos em modelagem com Acinetobacter baumannii resistente devem ser desenvolvidos no sentido de compreender melhor a dinâmica de transmissão por este patógeno para indivíduos gravemente enfermos. |