Caracterização morfológica dos hemócitos do Aedes aegypti e do Aedes albopictus e a resposta imune dos hemócitos do Aedes aegypti após a infecção pelo Dengue virus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Araújo, Helena Rocha Corrêa de
Orientador(a): Pimenta, Paulo Filemon Paolucci
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20828
Resumo: Os insetos possuem mecanismos imunes que fornecem proteção contra diversos microorganismos. Estas barreiras anatômicas e fisiológicas incluem as respostas de defesa celulares e humorais. A maior parte dos estudos de imunidade de insetos concentra-se na resposta humoral. Entretanto, os hemócitos são também conhecidos por estarem envolvidos nas respostas imunes celulares contra muitos tipos de microorganismos. Inicialmente, nós caracterizamos os hemócitos dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus revelando seis diferentes subpopulações celulares: prohemócito, adipohemócito, granulócito, plasmatócito, oenocitóide e trombocitóide. Nós demonstramos que estes mosquitos têm aproximadamente 3.000 hemócitos/μl de hemolinfa e eles exibem diversos padrões no reconhecimento de diferentes lectinas (Bandeiraea simplicifolia, Canavalis ensifonnis, Helix pomatia, Arachis hypogea, Ulex europaeus, Triticum vulgaris, Limulus polyphemus, Ricinus communis). Os ensaios de endocitose demonstraram que, em A. albopictus,o granulócito e o plasmatócito apresentaram atividade fagocítica contra as partículas de látex. Além disso, nestas células e no oenocitóide foi observada a presença de diversos lisossomos através da utilização de anticorpos específicos. Em A. aegypti, o prohemócito, o granulócito e o oenocitóide foram os tipos celulares que endocitaram a albumina. Entretanto, o plasmatócito e o oenocitóide foram as células marcadas como possuindo lisossomos. Os estudos de interação do A. aegypti com Dengue vírus demonstraram que no 5º e 7º dia após a alimentação oral houve um aumento significante no número total de hemócitos onde os plasmatócitos, oenocitóides e granulócitos foram os tipos celulares que aumentaram neste período. Os estudos por microscopia exibiram alterações morfológicas características nos plasmatócitos e nos oenocitóides de A. aegypti devido à presença do vírus na hemolinfa. Entretanto, os plasmatócitos, oenocitóides e granulócitos estão hábeis para endocitar os vírus, como demonstrado pela imonumarcação específica visualizada na microscopia confocal.