Xenomonitoramento de populações de Aedes aegypti e Aedes albopictus para o Dengue virus em Belo Horizonte, uma cidade de alto risco para a incidência de epidemias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Bezerra, Juliana Maria Trindade
Orientador(a): Pimenta, Paulo Filemon Paolucci
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/15097
Resumo: Dengue é considerada a mais relevante arbovirose que afeta seres humanos, e constitui grave problema de saúde pública. A detecção de Dengue vírus (DENV) por RT-PCR em Tempo Real, em mosquitos vetores do gênero Aedes, tem se mostrado importante ferramenta na vigilância epidemiológica. A presente pesquisa verificou a presença de DENV em mosquitos fêmeas de Ae. aegypti e Ae. Albopictus nos Distritos Sanitários (DS) Pampulha, Norte e Leste, de Belo Horizonte, Minas Gerais. Foram utilizadas armadilhas BG-Sentinel Full Version®, em capturas semanais de mosquitos, realizadas em quatro períodos: primeiro (dezembro de 2010 a maio de 2011), segundo (outubro de 2011 a maio de 2012), terceiro (outubro de 2012 a maio de 2013) e quarto (outubro de 2013 a maio de 2014). Foi instalado um total de 60 armadilhas (20 por DS). Após a identificação, as fêmeas de Ae. aegypti foram separadas em pools formados por um até 10 exemplares, e as fêmeas de Ae. albopictus foram separadas de forma individual. Procedeu-se com extração de RNA viral e RT-PCR em Tempo Real para a pesquisa de DENV. Foram coletadas 10.662 fêmeas de Ae. aegypti sendo 1.504 (14,10%), 2.516 (23,59%), 3.728 (34,98%) e 2.914 (27,33%) no primeiro, segundo, terceiro e quarto períodos respectivamente. Estas fêmeas foram agrupadas em 6.056 pools, dos quais 343 (5,66%) foram positivos para o DENV. Em relação ao Ae. Albopictus foram coletadas 511 fêmeas, sendo 117 (22,89%), 44 (8,61%), 199 (38,96%) e 151 (29,54%) no primeiro, segundo, terceiro e quarto períodos respectivamente . Destas, 79 (15,45%) foram positivas para o vírus. Houve elevada ocorrência de fêmeas de Ae. aegypti e Ae. albopictus nas áreas pesquisadas, positivas para o DENV. Isso mostra a importância da adoção de medidas de controle no sentido de reduzir as notificações da infecção em seres humanos.