Participação da autofagia na diferenciação de mioblastos de músculo esquelético

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Silva, Aline Araujo da
Orientador(a): Pons, Andrea Henriques
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55143
Resumo: A distrofia muscular de Duchenne (DMD) é uma miopatia genética ligada ao cromossomo X que afeta 1 a cada 3.500 meninos nascidos vivos. A doença é caracterizada pela ausência funcional da distrofina, proteína essencial para a manutenção da integridade da fibra muscular. O paciente afetado apresenta dificuldades em deambular já na primeira infância e geralmente vem a óbito por volta da 2ª década de vida por insuficiência cardiorespiratória. Um dos modelos de estudo mais utilizados é o camundongo mdx/mdx, que apresenta uma mutação espontânea no cromossomo X e, apesar da doença não ser letal nesses animais, a sua progressão é semelhante a doença em humanos, principalmente no músculo diafragma. A fragilidade das fibras musculares devido à falta da distrofina leva à sua morte, principalmente por necrose, e resposta inflamatória crônica. Além do quadro degenerativo apresentado, a regeneração de fibras musculares tem um papel muito importante na progressão da doença e a formação de novas fibras depende da diferenciação de células progenitoras (mioblastos) encontrados nos músculos esqueléticos. Nosso objetivo é avaliar se a ativação da via autofágica leva à diferenciação de mioblastos e não à morte celular, baseando nossos resultados na ativação da molécula LC3-I, marcador típico de autofagia. Observamos por imunohistoquímica intensa marcação para LC3-I em fibras musculares jovens e mioblastos, sendo detectado ainda em mioblastos da linhagem C2C12, quando cultivados em meio pobre em nutrientes (estímulo clássico de indução autofágica), a capacidade de iniciar o processo de diferenciação com alta viabilidade celular, confirmada por citometria de fluxo. A avaliação por Western Blotting de células em diferenciação mostrou a alta expressão de LC3-I após 24 e 48 h de indução. Além disso, quando as células de linhagem C2C12 são cultivadas durante 24 h em meio de diferenciação contendo os inibidores de PI3K tipo III, 3-MA e Wortmanina (bloqueadores de autofagia), há uma redução na ativação de LC3-I, mas as células ainda se diferenciam. Nossos dados mostram que o processo de diferenciação de mioblastos ativa pelo menos as etapas inicias da via de autofagia, mas aparentemente há vias alternativas independentes de PI3K tipo III e LC3