Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Camila Sanches Oliveira |
Orientador(a): |
Riederer, Ingo,
Savino, Wilson |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/31078
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Resumo: |
O músculo esquelético adulto é composto majoritariamente por fibras musculares e por uma população minoritária de células progenitoras indiferenciadas (células satélites). Após trauma ou dano, tais células são ativadas e proliferam (mioblastos), fusionando entre si ou com fibras pré-existentes, promovendo restauração do músculo. Essas células têm sido utilizadas em estratégias de terapia celular para o tratamento de doenças musculares, mas ainda sem resultados expressivos em ensaios clínicos. A morte massiva, proliferação e migração limitadas, além de diferenciação precoce das células injetadas têm sido consideradas como as principais limitações envolvendo esta estratégia. Dentre os componentes do nicho dessas células, estão moléculas da matriz extracelular, como a laminina (LM), principal componente da membrana basal da fibra muscular, fundamental para integridade e função das fibras musculares. No músculo maduro, somente as isoformas LM-211 e 221 são encontradas na membrana basal das fibras. Porém, resultados preliminares do nosso grupo indicavam que outras isoformas poderiam estar presentes durante o processo de regeneração Além disso, o tratamento com LM-111 tem demonstrado resultados promissores na melhora do processo de regeneração em modelos animais, sugerindo que outras isoformas de LM, além das LMs 211 e 221, possam ter papel relevante na biologia do músculo. Os objetivos deste trabalho foram: i) identificar a presença de cadeias de LM em mioblastos humanos, em proliferação e diferenciação in vitro; ii) realizar ensaios funcionais de proliferação e diferenciação de mioblastos humanos na presença de isoformas de LM Observamos, por PCR e imunofluorescência, que mioblastos humanos expressam, na proliferação e na cinética diferenciação de mioblastos humanos em cultura, de forma não simultânea, a cadeia \03B12 (que forma as isoformas LM211 e 221), mas também as cadeias \03B11, \03B14, \03B15 de LM. Em ensaios funcionais in vitro, utilizando LMs recombinantes e anticorpos monoclonais bloqueadores, observamos que a interação do mioblasto com as LMs modula a proliferação, diferenciação e fusão desses progenitores musculares. Nossos dados sugerem uma possível hierarquia na expressão de isoformas de LM na diferenciação de mioblastos, e indicam que estas moléculas possam ter papéis específicos em diferentes fases do processo de regeneração muscular. A caracterização das isoformas de LM presentes no nicho da célula satélite visa fornecer informações relevantes para uso destas células em terapia celular futuramente. |