Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Teixeira, Maria Jania |
Orientador(a): |
Barral, Aldina Maria Prado |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35436
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Resumo: |
Dois artigos científicos resumem o presente estudo. No primeiro, é mostrado que duas cepas de L. braÚliensis, isoladas de pacientes de diferentes Estados (Ceará e Bahia), são geneticamente diferentes e apresentam processos patológicos distintos em camundongos BALB/c. No segundo trabalho é demonstrada uma correlação entre padrões de expressão de quimiocinas, induzidas por estas duas cepas de L braziliensis, com a formação de lesão e a atração de leucócitos para o sítio inflamatório. O terceiro trabalho é uma revisão sobre o papel das quimiocinas e receptores de quimiocinas nas interações parasito-hospedeiro em leishmaniose. Em particular, a revisão focaliza os estudos que contribuíram para a compreensão sobre quimiocinas na infecção por leishmania. Os principais achados desses estudos são: 1. A L. brasiliensis H3227 do Ceará apresentou genótipo diferente da L. braziliensis BA 788 da Bahia, demonstrado por RAPD. 2. A cepa H3227 levou ao desenvolvimento de lesões pequenas que se resolveram, enquanto BA 788 não causou lesões em camundongos BALB/c. 3. Em ambos os grupos de camundongos, a carga parasitária não diferiu significativamente no sítio de infecção e começou a reduzir com 30 dias de infecção. Nos linfonodos drenantes, entretanto, o número de parasitos aumentou durante o decorrer do estudo. 4. Após a inoculação do parasito, a cepa BA 788 pareceu ativar mais precocemente uma reposta mais intensa tipo Th I. Camundongos infectados com BA 788 produziram níveis mais altos de IFN-y, o que se correlacionou com um maior número de células NK nas lesões destes animais. 5. Numa fase mais tardia, camundongos infectados com H3227 produziram mais IL-12p70 e IL-l O no sobrenadante de células recuperadas dos linfonodos. Esta regulação da produção de IL-lO coincidiu com o pico máximo do desenvolvimento da lesão e da carga parasitária nestes animais. 6. As maiores lesões causadas por H3227, em camundongos BALB/c, foi diretamente correlacionada com o aumento progressivo da reação inflamatória, mas não com a carga parasitária. 7. A expressão mais precoce e intensa das quimiocinas CCL2/MCP-l, CCL3/MIP-la, CXCLI/KC, CCLll/eotaxina, XCLI/linfotactina e dos seus respectivos receptores correlacionou-se com o maior influxo de leucócitos para as lesões induzi das por H3227 e com o aumento do processo inflamatório observado nos camundongos infectados com esta cepa, após 15 dias de infecção. 8. As diferenças observadas no processo inflamatório estavam correlacionadas com a virulência do parasito, uma vez que a cepa mais patogênica H3227 mostrou-se um recrutador mais potente de todas as células observadas no sistema do bolsão inflamatório, do que a menos patogênica BA 788. Em conclusão, os achados apresentados aqui indicam que duas cepas de L. brasliensis geneticamente diferentes, embora apresentem carga parasitária semelhante no sítio de inoculação, podem estabelecer processos patológicos distintos e induzir expressão de quimiocinas em diferentes tempos e/ou intensidades, levando ao recrutamento diverso de células e respostas inflamatórias diferenciadas que poderiam finalmente estar envolvidas em diferentes apresentações da doença. |