Auto-avaliação de sáude bucal: resultados da pesquisa mundial de saúde-atenção em 4 municípios do ERJ, Brasil, 2005

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Mendonça, Hérika Luciana Chaves de
Orientador(a): Szwarcwald, Celia Landmann
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13321
Resumo: As medidas de percepção individual da própria saúde vêm adquirindo um papel importante na avaliação do estado de saúde de uma população. Na saúde bucal, especificamente, o uso de exame clínico em pesquisas de base populacional tem sido raro em razão da escassez de recursos, e alguns indicadores subjetivos, como a auto-avaliação da saúde bucal, a percepção da necessidade de tratamento e também a satisfação com o estado de saúde bucal, têm sido utilizados em inquéritos de saúde por serem fortes preditores da saúde bucal. No Brasil, um inquérito domiciliar denominado “Pesquisa Mundial de Saúde – Atenção Básica” (PMS-AB) foi aplicado em 2005 em 18 municípios distribuídos pelas Grandes Regiões, e conteve em seu questionário um módulo voltado à avaliação subjetiva da saúde bucal. O presente trabalho tem por objetivo investigar a auto-avaliação da saúde bucal segundo fatores socioeconômicos em 4 municípios do Estado do Rio de Janeiro, utilizando-se os dados coletados pela PMS-AB. Os 4 municípios foram analisados conjuntamente, totalizando 1871 indivíduos, com 18 anos ou mais de idade. Para a análise dos dados foi utilizada a técnica de regressão logística, tendo como variável resposta a auto-avaliação de saúde bucal “excelente” ou “boa”. Para ambos os sexos, as variáveis significativamente associadas a uma melhor avaliação da saúde bucal foram: renda domiciliar, freqüência de visita odontológica e perda de dentes/uso de prótese. Os indivíduos com renda até R$400,00 e aqueles que mencionaram visita odontológica emergencial, apresentaram menor chance de auto-avaliar bem sua saúde bucal. O relato de não apresentar perda de dentes foi um importante preditor de percepção de saúde bucal positiva. Os resultados confirmam achados de outros estudos, evidenciando: o gradiente socioeconômico na percepção subjetiva de saúde bucal, a precária saúde bucal dos idosos, e a importância da visita odontológica regular para manutenção da saúde bucal. Reiteram, igualmente, a importância de uma assistência odontológica integral, articulando a assistência tanto curativa como preventiva com os valores e percepções dos indivíduos.