Estudo da prevalência de aleitamento materno em unidades de tratamento intensivo neonatal de hospitais amigos da criança do município do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Crivaro, Elizabeth Timotheo
Orientador(a): Almeida, João Aprigio Guerra de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Fernandes Figueira
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3460
Resumo: A pesquisa tem como enfoque a prevalência de aleitamento materno (AM) no momento da alta dos recém-nascidos internados em unidades de tratamento intensivo neonatal (UTI neonatal) de hospitais Amigos da Criança, no município do Rio de Janeiro. As práticas institucionais podem tanto favorecer o desmame quanto estimular a amamentação. Nessa perspectiva, a Iniciativa Hospital Amigo da Criança estimula a implementação e o desenvolvimento de programas capazes de apoiar e melhorar os índices de aleitamento materno. Contudo, a complexidade que envolve o ambiente da UTI, os problemas clínicos do recém-nascido e o momento difícil vivido pela família são fortes obstáculos a serem vencidos para o bom desenvolvimento do processo amamentação. Partindo do pressuposto que as unidades neonatais embora regidas por normas e rotinas semelhantes podem influenciar de forma distinta as taxas de aleitamento materno exclusivo, o estudo buscou traçar o perfil de alimentação desses recém-nascidos, com os objetivos de : analisar de forma descritiva os alimentos utilizados nas Unidades de Tratamento Intensivo Neonatal dos Hospitais Amigos da Criança do Município do Rio de Janeiro, identificar fatores que possamconcorrer para os índices de prevalência AM e analisar comparativamente as tendências observadas nas instituições estudadas. Realizou-se um estudo do tipo descritivo, em que os dados foram coletados através de prontuários (n=2266) e as variáveis foram: tempo de internação, destino do recém-nascido que sai de alta da UTI-neonatal e tipo de alimento utilizado no momento da saída da UTI. Principais resultados observados: 64,1 por cento de aleitamento materno exclusivo (AME); 30,4 por cento AM não exclusivo; 94,5 por cento de AM total; 5,5 de não AM. O estudo evidenciou que a prevalência de AM foi inversamente influenciada pelo tempo de internação. Quanto maior o tempo de internação no ambiente da UTI-neonatal menor a prevalência de AM. O destino alojamento conjunto e enfermaria-canguru mostrou uma influência positiva na prevalência de AME. Os dados apresentados foram estimuladores, o que confere o importante papel da IHAC. Entretanto, estratégias e políticas outras como a possibilidade de manter a mãe na instituição para a continuidade do acompanhamento neonatal, assim como o método canguru, tiveram uma relevante contribuição nos índices de AME nas instituições estudadas.