Prevalência do aleitamento materno exclusivo e fatores associados em recém-nascidos pré-termo tardio egressos de unidades de terapia intensiva neonatal da região do Médio Paraíba – RJ, 2015

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pinto, Patrícia Tadeu Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/7823
Resumo: Introdução: O leite da mãe de recém-nascidos pré-termo (RNPT) é vital para o desenvolvimento e proteção do cérebro imaturo, pois fornece os ácidos graxos de cadeia longa e outros nutrientes não presentes em fórmulas. Além disso, a composição desse leite é mais adequada às necessidades dos RNPT em relação ao produzido por mães de recém-nascido a termo (RNT). Logo, amamentar um RNT é importante, e amamentar um RNPT provavelmente é ainda mais importante. Objetivos: Estimar a prevalência de aleitamento materno exclusivo (AME) na alta hospitalar em recém-nascidos pré-termo tardio (RNPTT) egressos de unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) e os fatores associados. Além disso, identificar nos prontuários dos RNPTT as dificuldades mais frequentes na prática do aleitamento materno (AM) durante o período de internação; classificar o tipo de alimentação praticado nos egressos da UTIN; Comparar os resultados observados em hospitais credenciados na iniciativa Hospital Amigo da Criança com os não credenciados. Métodos: Foi realizada coleta de dados secundários, extraídos de registros dos prontuários da UTIN de três hospitais da região Médio Paraíba - RJ, do ano de 2015. Esses dados foram registrados em formulários semi-estruturados, que foi elaborado a partir da observação dos resultados de estudos anteriores, e do “protocolo de prontidão para a mamada de RNPT para início da alimentação oral”, contemplando grupos de variáveis de dados maternos, dados do recém-nascido e função oromotora/nutricional. A análise estatística usou teste Qui-quadrado e t-Student, realizada em pacote de dados SPSS 21. Resultados: Foram registrados dados de prontuários de 203 RNPTT, distribuídos em três instituições participantes, sendo 37,9% da Pró-baby, 35,5% do Hospital São João Batista e 26,6% do Hospital da Mulher. Na alta hospitalar, 86,2% estavam em aleitamento materno exclusivo, 12,3% estavam em aleitamento materno complementado com fórmula e 1,5% não estavam em aleitamento materno. A dificuldade mais prevalentes foi alteração do ritmo e coordenação da sucção (70,9%). Recém-nascidos sem náusea ao estímulo oral e com pega ao seio materno normal associaram-se a maior prevalência de AME. Não foi observada associação entre a forma de aleitamento na alta e o fato da instituição ser credenciada ou ser candidata ao credenciamento da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC). Conclusão: É possível atingir índices satisfatórios em aleitamento materno em população vulnerável. Hospitais credenciados ou em processo de credenciamento a IHAC se beneficiam, por seguir as normas da iniciativa, na pratica destes melhores índices. Ainda são poucos os estudos que consideram a avaliação da função oromotora e sucção sob o olhar da atuação do profissional fonoaudiólogo, a abordagem do aleitamento materno em RNPTT internados em UTIN, este profissional parece contribuir com o sucesso do AM nesta população. São necessários outros estudos, que incluam a utilização de protocolo validado clinicamente, a fim de contribuir no diagnóstico da função oromotora relacionada do aleitamento materno dentro da UTIN visando fortalecer o aprimoramento dos planejamentos de ações e políticas públicas facilitadoras do AME nesta população