Aconselhamento para lactação: estudo quase experimental sobre o efeito da prescrição de enfermagem no prolongamento do aleitamento materno na UTI neonatal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Mascarenhas, Débora
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/1084
Resumo: Situação problema: o prematuro internado com risco de desmame precoce. As mães dos prematuros vivenciam situações e necessidades diferentes na amamentação, em relação às mães de recém-nascidos a termo. O fato de ter um filho prematuro internado pode gerar um grau de estresse muito grande, e muitas vezes isso se dá devido à gravidade do estado de saúde do bebê. Com a internação, a separação mãe/filho ocasiona uma gama de situações conflituosas no seu ambiente familiar. Esses fatores são complicadores da disponibilidade e desejo de amamentar, o que faz com que muitas delas abandonem o aleitamento materno durante a internação do prematuro na UTIN. Este estudo foi desenvolvido junto às mães dos recém-nascidos internados, a fim de fornecer orientações e de proporcionar segurança, para que as mesmas se sentissem capazes de continuar aleitando o seu bebê durante o período de internação do mesmo. Objetivo: o objetivo geral da pesquisa foi aplicar a prescrição de enfermagem Aconselhamento para Lactação junto às mães dos prematuros e recém-nascidos de risco internados em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal com vista a diminuir o desmame precoce. Tendo como objetivo específico, verificar se esta prescrição foi capaz de propiciar o aumento dos dias de aleitamento humano para o recém-nascido de risco internado. Material e método: trata-se de uma pesquisa quantitativa, quase experimental, realizada em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de um Hospital Público do Município do Rio de Janeiro. A população do estudo foi composta pelas mães dos recém-nascidos internados na UTIN no período de maio/agosto de 2005. Durante este período foi extraído um total de 30 mães, formando o grupo teste da pesquisa. O grupo controle foi extraído aleatoriamente dos casos de prontuários do período de janeiro/abril de 2005, e para cada pessoa do grupo teste foi selecionado dois controles, totalizando assim (60 prontuários). Foram utilizados 4 instrumentos para coleta de dados, construídos com base em revisão bibliográfica da Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) e na Classificação dos Resultados de Enfermagem (NOC). Tratamento estatístico: compararam-se os grupos teste e controle utilizando como análise estatística o teste de t de Student para as variáveis contínuas, teste X2 para as categóricas, considerando as diferenças como estatisticamente significativas com valor de p < 0,05 e os respectivos intervalos de confiança no nível de 95%. Principais resultados: evidenciaram que as causas do desmame precoce giram em torno de mitos, tabus, 2 experiências bem e mal sucedidas, idade materna relacionada às primigestas, inexperiências com a amamentação, nível socioeconômico, falta de orientações e intervenções, que tanto reforçavam quanto prejudicavam a amamentação. A família mostrou-se ferramenta importante de interferência sobre a amamentação. Conclusões: é imprescindível a mobilização dos gestores e profissionais de saúde na intensificação as estratégias empregadas a esta população, levando em conta os seus aspectos culturais, crenças e tradições da comunidade assistida. Cabe à enfermagem um trabalho de orientação mais intensivo nas consultas do pré-natal em prol do aleitamento materno, onde as famílias sejam incluídas nas atividades com o propósito de promover uma integralidade no desenvolvimento dessas atividades