Anormalidades dentofaciais em pacientes portadores de fissuras labiopalatais no Estado do Ceará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Campos, Ana Eugênia Sousa
Orientador(a): Vettore, Mario Vianna
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4867
Resumo: O objetivo desta dissertação foi caracterizar as anormalidades dentofaciais de indivíduos com fissura labiopalatal atendidos pelo SUS no estado do Ceará entre 2004 e 2007. A dissertação é apresentada com uma introdução e revisão de literatura sobre o tema. Segue-se com a descrição detalhada da metodologia utilizada e o artigo que inclui os resultados. A amostra incluiu 117 pacientes de 6 a 37 anos de idade cadastrados no CEO-Centro em Fortaleza, unidade de referência do estado. Foi investigado o perfil demográfico e socioeconômico, aspectos hereditários e familiares dos sujeitos. O tipo de padrão facial e maloclusão foram determinados por exames radiográficos e análise de modelos dentários. Além disso, foram investigados o tipo, localização e grupo de fissuras. Para análise da maloclusão foram empregadas a Classificação de Angle, registro de mordida aberta, mordida cruzada e apinhamento dentário (6 a 12 anos de idade) e o Índice de Estética Dental (DAI) (idade ≥ 13 anos). A idade média dos pacientes foi de 14,7 ± 7,4 anos, com predomínio da cor parda (76%), renda familiar de 1 a 3 salários mínimos (73,5%), baixa escolaridade dos pais e classe econômica D (56,4%). A fissura transforame unilateral foi a de maior prevalência (60,6%), sendo observada uma freqüência de 39,3% de tabagismo materno durante a gestação e a ocorrência de 21,4% de fissuras labiopalatais na família. Na faixa etária de 6 a 12 anos, observou-se uma freqüência de anormalidade oclusal de 41,1% e 50% para molares e caninos, além de uma alta prevalência de mordida cruzada anterior (60,7%), apinhamento superior (69,6%) e inferior (66,1%). Todos aqueles com idade ≥ 13 anos foram classificados como maloclusão muito grave ou incapacitante. Em ambas faixas etárias as características de anormalidade oclusal foram heterogêneas entre os indivíduos com fissuras pré-forame incisivo e com fissuras transforame incisivo. Indivíduos portadores de fissuras labiopalatais usuários do SUS no Ceará necessitam de atenção especializada para tratamento de deformidades dento-faciais.