Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Mariangela Bartha de Mattos |
Orientador(a): |
Gomes Junior, Saint Clair dos Santos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55506
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Resumo: |
Objetivos: Analisar o uso de dieta com viscosidade modificada em diferentes concentrações em recém-nascidos com disfagia durante o período de internação em uma UTI neonatal e seguimento. Metodologia: A avaliação do uso da dieta com viscosidade modificada foi realizada por um estudo tipo séries de casos com 42 recém-nascidos diagnosticados com disfagia a partir dos sintomas clínicos e sinais comportamentais. Os recém-nascidos receberam dieta no período de internação e foi observado o tempo de retirada de sonda enteral. A idade gestacional foi categorizada em três grupos e foi observada a evolução da dieta espessada até a alta hospitalar. A viscosidade foi avaliada em viscosímetro Copo Ford a partir de um ensaio laboratorial para as concentrações 2, 3 e 5%, na fórmula infantil, e 2, 3, 5 e 7% no leite humano (cru e pasteurizado) em quatro intervalos de tempo. Foi utilizado o viscosímetro Copo Ford e as amostras analisadas em quatro intervalos de tempo. A osmolalidade foi avaliada para a fórmula infantil e o leite humano (cru e pasteurizado), com e sem espessamento, nas mesmas concentrações da viscosidade. Foi utilizado o The AdvancedTM Micro Osmometer Model 3300 para aferição. Para ambos os ensaios foi utilizado o cereal de arroz como agente espessante. Resultados: Não foram observadas diferenças significativas da viscosidade em relação ao tempo para as concentrações de 2, 3 e 5%. Observou-se diferença na viscosidade entre leite humano nas concentrações de 2% e 5%, 2% e 7%, 3% e 5%, e 3% e 7%, independente dos intervalos de tempo considerados. A osmolalidade variou conforme o tempo e as concentrações para o leite humano e a formula infantil. No entanto, estas variações se mantiveram dentro dos parâmetros preconizados pela literatura. Durante o período de internação observamos que os recém-nascidos em uso da dieta com a viscosidade modificada apresentaram diferenças no tempo do uso de oxigênio (p-valor 0,003), nos sintomas estomatognáticos (p-valor 0,030) e nas anomalias congênitas (p-valor 0,009). Não foram observadas diferenças no tempo de intervenção fonoaudiológica com o tipo de alimentação na alta (p valor 0,449). O tempo de uso de sonda enteral variou de 9 a 12 dias. A evolução da dieta espessada para dieta padrão no momento da alta foi observada em 22 recém-nascidos (52%). Cerca de 81% dos recém-nascidos apresentaram disfagia moderada. Na alta hospitalar 64% dos recém-nascidos estavam em aleitamento materno de forma mista. Durante o acompanhamento ambulatorial apenas um lactente manteve dieta espessada. Os resultados indicam benefícios para a população estudada. Conclusão: O cereal de arroz modificou a viscosidade para parâmetros adequados à abordagem da disfagia e manteve a osmolalidade dentre dos valores preconizados. O uso da dieta modificada nos recém-nascidos com disfagia leve/moderada favoreceu a evolução para a dieta por via oral beneficiando a população estudada. |