Adequação da viscosidade do leite humano para atender os lactentes com disfagia: estudo experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Almeida, Mariangela Bartha de Mattos
Orientador(a): Almeida, João Aprigio Guerra de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55497
Resumo: Objetivos: Avaliar as alterações da viscosidade do leite humano ordenhado com uso de espessante, estudar a associação entre a viscosidade e os indicadores físico-químicos de qualidade do leite humano – Acidez Dornic e Crematócrito, avaliar o efeito do tempo sobre a viscosidade do leite humano ordenhado cru e pasteurizado, avaliar o efeito do tempo sobre a viscosidade da fórmula láctea infantil normal e espessada, avaliar o efeito do tempo sobre a viscosidade do leite humano ordenhado cru e pasteurizado com diferentes graus de espessamento. Materiais e métodos: Estudo experimental com delineamento em blocos casualizados que analisou as variações da viscosidade do leite humano ordenhado com o uso de espessante. Foi padronizado o método para determinação da viscosidade do leite humano com o viscosímetro Copo Ford. Posteriormente a viscosidade do leite humano foi determinada com intervalos de tempo de 3 horas por um período de 9 horas nas temperaturas de 5ºC e 37ºC. A viscosidade foi associada com a Acidez Dornic e Crematócrito. A viscosidade da fórmula láctea infantil de primeiro semestre ao natural e com espessamento a 2% e 3%, já utilizada no serviço, foi determinada e adotada como padrão para o espessamento do leite humano. O leite humano ordenhado cru e pasteurizado foi espessado nas concentrações de 2%, 3%, 5% e 7% e a viscosidade determinada a cada 20 minutos por um período de 60 minutos na temperatura de 37ºC. Resultados: No leite humano cru sem espessamento a 5ºC a viscosidade foi de 7,56 cP e não houve variação significativa da viscosidade, acidez e crematócrito em relação ao tempo. No entanto a 37ºC houve aumento da acidez de 192,47% ao final de 9 horas. No leite humano pasteurizado à 5ºC a viscosidade aumentou com o tempo em 25,67%. A fórmula láctea infantil espessada a 2% e 3% apresentou viscosidades de 8,97cP e 27,73cP respectivamente, com aumento significativo em 1 hora. Inversamente, o leite humano cru a 2%, 3%, 5% e 7% apresentou diminuição da viscosidade em relação ao tempo, sendo esta mais acentuada nos primeiros 20 minutos. No leite humano pasteurizado nas mesmas concentrações, a 2% não houve variação da viscosidade, e a 3%, 5% e 7% houve diminuição significativa nos 20 primeiros minutos com estabilidade do produto nos tempos subseqüentes. Conclusões: O comportamento da viscosidade do leite humano difere do comportamento da fórmula láctea espessada. Enquanto na fórmula, a viscosidade aumenta com o tempo, no leite humano, a viscosidade diminui. O estudo ressalta a importância de se considerar não apenas a concentração do espessante, mas também o tempo de utilização após a sua adição para que se possa de fato atender ao lactente com disfagia.