Interações imunoendócrinas na migração de linfócitos na doença de chagas humana crônicarelação com a cardiopatia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Berbert, Luiz Ricardo
Orientador(a): Savino, Wilson
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13216
Resumo: A doença de Chagas permanece sendo um grave problema de saúde pública nas Américas. Na fisiopatologia da doença, é observada uma intensa resposta imune, com alta produção de citocinas inflamatórias e quimiocinas que contribuem para o tráfego de células ativadas para tecidos alvo. Este evento de migração celular pode estar relacionado à formação de cardiopatia chagásica nos indivíduos infectados. Um desequilíbrio na produção hormonal do eixo Hipotálamo-Pituitária-Adrenal (HPA) foi observado em pacientes chagásicos, e, esse processo pode influenciar o sistema imune e possivelmente a gênese da cardiopatia. Nesse estudo, foi avaliada a resposta migratória de células T de pacientes chagásicos com diferentes formas de cardiopatia, correlacionando esses eventos com a produção de cortisol e DHEA ocorrida na fase crônica da doença. Primeiramente foi observado que TNF, IL-6, IFN-\03B3, IL-17, IL-10 e TGF-\03B2 são mais expressas de acordo com a gravidade da cardiopatia Em paralelo a esse aumento de citocinas foi observado um desequilíbrio hormonal no eixo HPA com diminuição do hormônio DHEA sérico e aumento da razão Cortisol/DHEA circulantes. Além disso, foi observado um aumento da resposta migratória de células T, com fenótipo ativado (HLADR+/VLA-4+) sobre fibronectina, CXCL12 e TNF-\03B1, e também combinados a um pré tratamento de DHEA e Cortisol destas células. Estes resultados indicam que distúrbios neuroendócrinos, correlacionados a um perfil inflamatório sistêmico, podem contribuir para aumentar o potencial migratório de células T aos sítios inflamatórios, incluindo tecido cardíaco, estando envolvidos na cardiopatia relatada na doença