A febre amarela no Rio de Janeiro e em Buenos Aires na década de 1870

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Rodrigues, Thiago Dargains
Orientador(a): Benchimol, Jaime Larry
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20128
Resumo: Este trabalho discute, a partir de duas epidemias de febre amarela ocorridas em 1871 e 1873, a maneira como essa doença afetou as cidades de Buenos Aires e do Rio de Janeiro na década de 1870. Essa análise foi feita através da descrição da face urbana, das epidemias e das reações da população e dos atores políticos dessas cidades perante o mal. Busca-se também mapear o discurso médico sobre a febre amarela nos dois principais órgãos científicos dessas cidades: a Academia Imperial de Medicina no Rio de Janeiro e a Asociación Médica Bonaerense em Buenos Aires. As fontes utilizadas para esse trabalho foram os periódicos de grande circulação dessas duas cidades em tempos de epidemia: os Relatórios do Ministério de Negócios do Império, que contém os relatórios do presidente de Junta Central de Higiene e o relatório apresentado por conta da epidemia de febre amarela de 1871 em Buenos Aires, as publicações da Academia Imperial de Medicina e da Asociación Médica Bonaerense, Relatórios da Junta de Sanidad del Puerto e do Consejo de Higiene, além de leis, ordenanças, atas e posturas relacionadas à higiene no Rio de Janeiro e em Buenos Aires. Aponta-se para a diferença das reações dos órgãos governamentais e das populações de Buenos Aires e Rio de Janeiro perante a febre amarela. Para a diferença na significação e na produção de conhecimento local sobre doença entre argentinos e brasileiros, bem como algumas semelhanças nas relações entre os órgãos responsáveis pela higiene e os entes políticos por executarem suas sugestões nessas cidades.