Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Melo, Paulo Roberto Santana de |
Orientador(a): |
Reis, Mitermayer Galvão dos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34879
|
Resumo: |
Neste trabalho foram avaliados três importantes aspectos da dengue na Bahia. Inicialmente, determinamos a distribuição dos sorotipos do vírus no estado da Bahia durante 2001, 2002 e 2003 baseando-se nos isolamentos virais realizados pelo Laboratório Central do Estado (LACEN). Em 2001, houve 169 isolamentos de DENV-1 e 53 de DENV-2. Em 2002, foram isolados 123 DENV-1, 50 DENV-2, além do aparecimento do DENV-3 (273 isolamentos). Em janeiro de 2002, com DENV-1 e DENV-2 sendo isolados em todo o estado, 95% de todos os isolamentos de DENV-3 foram de amostras da capital, Salvador, e os 5% restantes foram do município de Lauro de Freitas conurbado à mesma, onde se situa o aeroporto de Salvador. Em fevereiro de 2002, a epidemia estava distribuída em cidades onde as três principais rodovias dão acesso. A distribuição do DENV-3 em 2002 foi distintamente diferente dos sorotipos circulantes na Bahia refletindo a introdução de um novo sorotipo no estado provavelmente por Salvador. A fim de obter informações sobre as cepas de DENV circulantes foi realizada entre 2006 e 2007 vigilância molecular a partir das amostras isoladas pelo LACEN. Baseado nos resultados de sequenciamento da junção das proteínas E/NS1 de 32 amostras foram demonstrados os genótipos Indiano e Asiático para os sorotipos DENV-3 e DENV-2, respectivamente. DENV-2 apesar de em toda a América ter sido relacionado com a ocorrência de FHD, na Bahia sua introdução não causou aparecimento dessa forma da doença. Interessantemente, as amostras estudadas para DENV-3 agruparam-se com isolados de anos muito diferentes apesar de os valores de bootstrap significativos (acima de 70%), adicionalmente, amostras de diferentes locais do Brasil e América do Sul agruparam-se muito próximas das testadas, confirmando o potencial epidêmico deste genótipo vira/. Finalmente, foi aplicada uma abordagem no estudo da estrutura genética da população de Aedes aegypti em Salvador através da utilização de marcadores de microssatélites. Após primers previamente publicados terem sido testados e falharem com nossas amostras, novos marcadores foram testados e desenvolvidos. Amostras de Aedes aegypti foram coletadas no entorno da Baía de Todos os Santos. Foram definidas três regiões geográficas, Norte, Central e Sul de Salvador a fim de testarmos a hipótese de isolamento geográfico das populações de Aedes aegypti através do valor de Fst. Os valores de Fst foram determinados entre Norte-Central 0,0073; Sul-Norte entre 0,0182 e Central-Sul 0,0011. Apesar de um pequeno valor de Fst, encontrou-se uma relação direta entre distância geográfica e estes valores, indicando que distância pode ser um fator limitante para fluxo gênico desse vetar em Salvador. Os resultados indicam que outros obstáculos além da distância podem existir na cidade de Salvador evidenciado pelo valor de Fst entre Norte-Central. Os novos marcadores de microssatélites descritos em nosso trabalho poderão ser utilizados na composição de uma ferramenta de entomologia molecular para estudos de estrutura genética de população de Aedes aegypti no ambiente urbano em diferentes localidades. |