Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Vital, André Vasques |
Orientador(a): |
Hochman, Gilberto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/16345
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Resumo: |
Analisa os planos de integração nacional do Território Federal do Acre com foco no papel da saúde pública e de médicos na política local e na economia da borracha, que balizava o interesse do governo central na região. Examina sua organização em 1904, quando o Território do Acre foi dividido em departamentos independentes uns dos outros e governados por prefeitos nomeados pelo Presidente da República. Analisa a unificação do território em 1920, quando o Congresso Nacional indicou um governador para a região e definiu a cidade de Rio Branco como capital.O trabalho busca compreender o complexo processo de anexação do Acre ao Brasil associando abordagens de história da saúde, história política e história ambiental. Parte de uma perspectiva teórica e metodológica neomaterialista, evidenciando o papel dos corpos de água na política. Ressalta que os rios, sobretudo o rio Iaco, foram personagens centrais nas tentativas de construção da ordem pública na região, nos diversos planos de incorporação territorial e nas disputas entre grupos de seringalistas,de diferentes cursos fluviais, pela primazia das relações com o governo federal. Tratava-se especialmente de uma competição para sediar o centro decisório, a capital de um futuro estado unificado, com consequente hegemonia política e econômica sobre toda a região. Nessa rivalidade, a assistência médica e a saúde pública foram utilizadas como vitrines da civilização, especialmente no Departamento do Alto Purus, na cidade de Sena Madureira. Conclui que os rios agiram decisivamente na atuação dos médicos e nas suas transientes alianças políticas e econômicas, nas dinâmicas da produção da borracha que sustentava os departamentos, na resolução violenta de conflitos entre seringalistas, nas relações políticas do governo federal com os agentes locais, nos surtos de doenças que marcavam a imagem externa e definiam relações na região,e na escolha definitiva da capital do Território, com a grande cheia de 1915. |