Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Neves, Aline Gabriela Simon |
Orientador(a): |
Baptista, Tatiana Wargas de Faria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25762
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Resumo: |
Este trabalho teve como objetivo fazer um estudo descritivo da construção das políticas públicas na área de álcool e outras drogas no Brasil entre 1990 a 2015, identificando seus atores, enunciados, estratégias e conflitos. Foi realizado um esforço de não tratar as políticas públicas de álcool e outras drogas separadamente, visto que o objetivo do trabalho incluiu apresentar as relações estabelecidas entre as principais políticas públicas na área, como as de saúde e justiça, que se apresentam como enunciadores de estratégias políticas para a área. Identificamos cinco principais momentos que caracterizam este percurso: a estruturação da rede substitutiva de saúde mental desarticulada da área de álcool e drogas e a expansão da estratégia de redução de danos; a criação da Senad e de uma pauta antidrogas; a institucionalização das políticas públicas de saúde e da justiça na área de álcool e drogas; o realinhamento das políticas públicas da justiça na área de álcool e drogas e a inclusão do álcool na agenda das políticas públicas de saúde mental, e, por fim, a entrada do crack na agenda das políticas públicas de saúde mental e a expansão das comunidades terapêuticas. Também foram discutidos alguns pontos que consideramos ser tensionamentos destas políticas, como o sentido dado à estratégia de redução de danos e os modelos de cuidado, a discussão sobre a legalização e descriminalização das drogas na sociedade e a entrada do crack no discurso das políticas. Esta análise indicou que no Brasil, não haveria uma política de drogas, mas uma política plural de drogas que envolve a saúde, a justiça, a cultura, a economia e questões como violência, criminalidade e desigualdade. Também identificamos sua hibridez, uma espécie de tensão interna nestas políticas, representada por forças que hora pesam para o proibicionismo e conservadorismo, e ora para perspectivas que visam à reinserção, a intersetorialidade e o fortalecimento do papel do usuário. |