A ética organizacional como uma perspectiva inclusiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Paraizo, Claudia Borges e Souza
Orientador(a): Machado, Maria Helena
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24825
Resumo: Este trabalho traz a discussão sobre a inclusão das pessoas com deficiência no ambiente laboral, a partir do cumprimento da Lei e da institucionalização da ética organizacional neste ambiente. Apresenta como tema central a reflexão sobre as diferentes abordagens éticas: normativa e participativa (aplicada), concernentes a inclusão deste público nas empresas. A hipótese é de que as ações normativas, tal como a lei de inclusão, não são suficientes, ainda que indispensáveis, para responder ao exercício pleno das capacidades / funcionamentos fundamentais do trabalhador com deficiência, havendo uma distorção na aplicação dessas leis e na maneira como estas são vistas pela sociedade. O trabalho ora apresentado tem por objetivos estudar a intervenção de questões éticas nas organizações, verificar e analisar o sistema de cotas existente no Brasil para pessoas com deficiência e realizar uma reflexão sobre a equidade da incorporação destas pessoas, considerando o tipo de gestão e de organização a partir dos princípios da Ética e da Justiça pertinentes ao tema em questão. Para tal, foi estudado uma abordagem intervencionista do ponto de vista ético, com o intuito de despertar o pensamento crítico reflexivo nas organizações, favorecendo a cidadania e a autonomia das pessoas com deficiência na sua atividade laboral e na sociedade. O trabalho conclui que a intervenção da ética organizacional nas empresas favorece ao desenvolvimento da condição reflexiva no interior dos processos que envolvem os trabalhadores com deficiência e portanto, o afloramento da autonomia destes, diante da construção social oriunda de bens intrínsecos que existem em cada um, sendo a presença da Lei de Inclusão indispensável mas insuficiente para propiciar a inclusão sob todos os seus aspectos.